Ex-ministro da Educação foi alvo de prisão preventiva e magistrado decide se ele continua detido
O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, passa por audiência de custódia nesta quinta-feira (28) em São Paulo. Inicialmente, o juiz Renato Morelli, da 15ª Vara Federal de Brasília, tinha determinado que a audiência ocorresse na capital federal. No entanto, ele atendeu pedido da defesa para que o cliente continuasse no estado onde foi preso na manhã desta quarta-feira (27).
O juiz Renato Borelli, que determinou a prisão preventiva, decide se mantém ou não o ex-ministro encarcerado enquanto duram as investigações. Outra motivação para a decisão do magistrado seriam dificuldades logísticas da PF para realizar a transferência até o Distrito Federal.
O advogado de Ribeiro, Daniel Bialski, informou que o ex-ministro “já assinou a procuração” e que está em busca das cópias do processo para poder fazer um habeas corpus.
“Mesmo sem conhecer profundamente o caso, parece-me que essa prisão preventiva não possui contemporaneidade (os fatos ocorreram há muito tempo) e não haveria nem razão e/ou motivo concreto para essa custódia antecipada”, defendeu, acrescentando que acompanhará Ribeiro na audiência de custódia designada.
Ribeiro pediu demissão do ministério no fim de março, em meio a intensa pressão, após ser revelada a existência de um “gabinete paralelo” dentro do MEC com os pastores. Os religiosos atuariam indicando ao ex-ministro nomes de prefeitos que deveriam receber recursos. A suspeita é que, em troca, os pastores cobravam propina.
Correio do Povo