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Militante afirma que tumulto na Marcha das Mulheres foi racismo

Iêda Leal pediu punição aos responsáveis por confronto no Congresso

                Foto: Marcelo Casa Júnior/Agência Brasil/CP
A Secretária de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Iêda Leal considerou racismo o tumulto, no início da tarde desta quarta-feira, entre participantes do acampamento dos movimentos pró-impeachment e as militantes da Marcha das Mulheres Negras. A confusão em frente ao Congresso Nacional causou pânico e terminou com a detenção de dois policiais civis que deram tiros para o alto.

“Queremos punição para as pessoas que agrediram não uma mulher negra, agrediram 50 mil mulheres que participavam da marcha para dizer que nós não aguentamos mais esse tipo de violência. A organização do evento vai fazer um boletim de ocorrência e buscar justiça pelo que houve”, afirmou Iêda, após reunião de representantes da marcha com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

Segundo a militante, o conflito na marcha não entrou na pauta com a presidenta Dilma. “Defendemos o fim do extermínio da juventude negra e viemos dizer que é necessária uma atitude bem organizada pelo fim da intolerância religiosa. Ela recebeu nossas reivindicações e vai continuar o diálogo. Temos uma pauta do Mês da Consciência Negra.”

A ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, disse que não poderia afirmar se houve racismo porque não estava no local, mas adiantou que as autoridades do Distrito Federal e do Congresso Nacional estão apurando os fatos.

Após receber as representantes da marcha, Dilma se reuniu com a subsecretária-geral das Nações Unidas e diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, que também participou da marcha. Phumzile vai inaugurar hoje a programação global “Tornar o mundo laranja pelo fim da violência contra as mulheres”, iniciativa da ONU Mulheres.
Correio do Povo