MEMÓRIAS DE SARANDI 28
Época: Década de 1940
Humberto Tesser Paris
AS COSTUREIRAS
Aprender a costurar era um hábito entre muitas mulheres. Transformar este hábito em uma profissão para ajudar nas despesas da casa era uma escolha que algumas faziam. Na minha família muitas mulheres adotaram esta profissão: Maria Paris Remonti, irmã do avô Lorenzo Paris, foi a primeira que eu tive conhecimento. Ela trabalhou como alfaiate na cidade de Carlos Barbosa-RS. Sua irmã Joana Paris trabalhou como costureira também naquela cidade.
Em Sarandi são várias a seguiram esta profissão: minha mãe Adelaide Tesser Paris, minha tia Adele Trevisol Paris, sua filha, a prima Carmem Paris Todeschini, minha tia Albina Bringhenti Paris e a prima Ortenila (Paris) Vicari Gambeta.
MÁQUINAS SINGER
Havia um viajante que percorria as cidades do interior para divulgar, vender e dar cursos para as interessadas em aprender a manusear uma máquina de costura. Meu irmão Arthemio falou que o viajante possuía um carro movido a gasogênio. Lembra que viu o homem movimentando uma manivela, que ele acredita que era para fustigar o carvão, que aquecia e fazia funcionar o sistema do motor. Alguns modelos de automóveis a gasogênio estão em foto anexa.
Numa das foto, aparecem várias mulheres interessadas no aprendizado da costura. Dentre elas está a tia Albina Bringuenti Paris, que tem duplo parentesco: é casada com meu tio Alberto Paris e é prima-irmã da minha mãe (é a segunda da segunda fila a partir da esquerda). Aparecem 2 homens. Um ou os 2 são os vendedores.