Sessenta e cinco armas e 20 mil munições foram apreendidas em fevereiro.
Polícia Civil acredita que material iria abastecer quadrilhas no estado.
Essa foi a maior apreensão de armas realizada pelo Denarc desde a sua criação, em 2008.
(Foto: Henrique Zuba / TV Globo)
Um médico pernambucano suspeito de ser um dos donos de um arsenal com 65 armas de fogo e 20 mil munições, apreendido no final de fevereiro, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, se entregou à Polícia Militar no Recife, nesta segunda-feira (23). O material foi encontrado através de investigações do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), que acreditava que as armas seriam fornecidas para quadrilhas da capital.
O homem resolveu se entregar à polícia após ver sua foto estampada em jornais, segundo relatou a PM. Ele se entregou no Quartel do Comando Geral, no bairro do Derby, região central do Recife e, ainda de acordo com a autoridade policial, informou que desconhecia as armas e o casal preso, mas estava se entregando para provar sua inocência.
Em fevereiro, quando a Polícia Civil apreendeu o material, dois homens e uma mulher foram presos. Eles indicaram o médico e uma outra mulher como os reais donos do material. O imóvel fica no bairro de Nossa Senhora das Dores, em Caruaru, e as armas estavam escondidas no forro do teto de um dos quartos.
Entre o material apreendido estavam 31 espingardas calibre 12, dois fuzis, uma submetralhadora e uma pistola. Boa parte dessas armas é de uso restrito das Forças Armadas e seria vendida a assaltantes de bancos e carros-fortes, conforme as investigações. Também foram apreendidas dezenas de facões e munições para diversos tipos de revólveres. Nesse caso, a polícia acredita que o material era vendido a possíveis homicidas. Além disso, foram encontrados artefatos utilizados na fabricação de munições, como espoletas para explosivos.
Após prestar esclarecimentos à Polícia Militar, o homem está sendo encaminhado para a Delegacia de Capturas, no Recife. Os outros três presos durante a operação da Polícia Civil estão em presídios da região.
Fonte: Do G1 PE