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Massacre de Caarapó: o assassinato de Clodiodi Guarani Kaiowá

Um brutal ataque de fazendeiros contra os Guarani e Kaiowá da terra indígena Dourados-Amambai Peguá, município de Caarapó (MS), deixou morto o Kaiowá e agente de saúde indígena Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, 23 anos.

No ataque, que durou 4 horas, outros seis indígenas foram feridos por armas de fogo e encaminhados ao hospital. Outras seis pessoas – entre elas, uma criança de 12 anos – estão internadas no hospital. Cinco delas estão em situação grave, com tiros no coração, cabeça, tórax e abdomen.

Utilizando caminhonetes, motocicletas e até retroescavadeiras, homens – alguns vestidos de preto, como se estivessem uniformizados – entraram atirando contra o acampamento dos Guarani e Kaiowá e avançaram, sempre atirando, até a reserva de Te’yikue, onde Clodiodi foi assassinado com pelo menos dois tiros, na manhã da última terça, 14.

“Chegaram com o rojão dando para cima e embaixo do rojão já atirando nas pessoas”, afirma um dos indígenas no vídeo. Utilizando fogos de artifício para maquiar os tiros, uma centena de homens fortemente armados alvejaram os indígenas e destruíram pertences como motos, colchões, roupas e alimentos dos Guarani e Kaiowá.

O massacre foi uma resposta à retomada realizada pelos Kaiowá na fazenda Yvu, vizinha à reserva e incidente sobre a terra indígena em processo de demarcação pelo Minitério da Justiça (MJ).

Confira, no vídeo do Cimi, produzido por Ana Mendes e Ruy Sposati, o relato dos indígenas que vivenciaram esses momentos de terror.
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Notícias e política
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