Declaração é resposta à crescente presença militar dos EUA na região.
| Foto: ZURIMAR CAMPOS / Venezuelan Presidency / AFP
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira, 1º de setembro, que “declararia constitucionalmente uma república em armas” caso o país fosse atacado pelas forças que os Estados Unidos deslocaram para o Caribe. Washington anunciou a ampliação de sua presença naval na região para combater cartéis de drogas, mas não sinalizou incursão terrestre.
Ainda assim, Caracas enviou tropas para a costa e para a fronteira com a Colômbia e convocou cidadãos a integrarem milícias civis. Maduro denunciou que “oito navios militares com 1.200 mísseis e um submarino” apontam para a Venezuela, configurando “uma ameaça extravagante, injustificável, imoral e absolutamente criminosa, sangrenta”.
O governo de Donald Trump argumenta que a operação é necessária para conter o tráfico de fentanil e outras drogas. O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, porém, citou relatório da ONU segundo o qual 87% da cocaína colombiana sai pelo Pacífico e apenas 5% passa pela Venezuela. Ele alertou que a narrativa “ameaça toda a região” e que um ataque “significaria realmente uma completa desestabilização”.
Estadão Conteúdo