Lupi: governo vai discutir a ‘antirreforma’ da Previdência
Novo ministro tomou posse do cargo nesta terça-feira; o pedetista destacou ainda que pretende zerar a fila do INSS
“Quero formar uma comissão quadripartite, com os sindicatos dos trabalhadores, os sindicatos patronais e dos aposentados, e com o governo. Precisamos discutir com profundidade o que foi essa antirreforma da previdência. Discutir com números e com profundidade”, afirmou.
Lupi falou sobre o assunto durante a cerimônia de transmissão de cargo do ministério, em Brasília. Na ocasião, o novo ministro destacou que a Previdência Social brasileira não é deficitária.
“Vou provar isso a cada dia que eu estiver no ministério e vou provar com números e dados. Vamos fazer um portal da transparência e todo mês mostrar publicamente quantos são os pensionistas, os aposentados, os beneficiários de pensão, o BPC, para dar transparência”, disse.
Além disso, Lupi destacou que pretende zerar a fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “Eu quero acabar com essa fila em tempo recorde para o povo brasileiro se sentir respeitado. E, para isso, vou precisar dos governadores e dos prefeitos”, disse.
O que mudou em 2019
A reforma da Previdência, promulgada pelo Congresso Nacional em 2019, determina que, a partir daquele momento, quem entrar no mercado de trabalho se aposenta no mínimo aos 65 anos, se homem; e aos 62 anos, se mulher.
Com a reforma, o objetivo do governo federal era reduzir o déficit nas contas da Previdência Social. A economia estimada pela gestão anteior, em 10 anos, chega a R$ 800 bilhões.
As novas regras também estabelecem o valor da aposentadoria a partir da média de todos os salários (em vez de permitir a exclusão das 20% menores contribuições). A reforma também elevou as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS e estabeleceu regras de transição para os trabalhadores em atividade.
Cumprida a regra de idade, a aposentadoria a ser paga equivale a 60% do valor recebido com o mínimo de 15 anos de contribuição. Cada ano a mais de trabalho eleva o benefício em dois pontos percentuais, chegando a 100% para mulheres com 35 anos de contribuição e 40 anos para homens.
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