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Lula critica “loucura” de Cunha ao aceitar processo de pedido de impeachment

Ex-presidente disse que o melhor é que haja solução rápida para evitar prejuízos ao Brasil

                                 Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula / CP
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira  estar indignado com o deferimento do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff por parte do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para ele, Cunha colocou seus interesses pessoais acima dos interesses do país e o melhor é que haja uma solução rápida para o processo.

“A tarefa maior neste instante é não permitir que essa loucura que o Eduardo Cunha fez tenha prosseguimento. Precisa decidir isso logo. Se a gente for esperar passar Natal, passar fevereiro, passar o carnaval, qual será o clima político neste país? Qual investidor que vai querer investir no Brasil? Qual empresário brasileiro vai querer colocar dinheiro na economia?”, avaliou Lula, após participar de reunião com o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Lula aproveitou para criticar a oposição, que, segundo ele, insiste no “terceiro turno” das eleições de 2014. “Aqueles que quiseram fazer o terceiro turno da eleição, caçando a presidente Dilma na Justiça Eleitoral, agora acharam a possibilidade do terceiro turno com a tese do impeachment, que não tem nenhuma sustentação legal, a não ser uma demonstração de raiva, de ódio”, afirmou Lula, completando que fez oposição a vida inteira, mas que “vocês não viram uma única vez em que perdi as eleições, eu ficar criando caso por causa das eleições”.

O ex-presidente também cobrou foco na aprovação de propostas de ajustes no Congresso, segundo ele necessárias para a economia voltar a crescer. “Todo mundo tem de entender que este país precisa urgentemente voltar a crescer e para isso acontecer é preciso aprovar as medidas que estão no Congresso”, reforçou Lula.

“Quando o trem está descarrilado, a gente não fica brigando qual é a nossa posição, se de primeira classe, segunda classe ou terceira classe. A gente tem de colocar o vagão no trilho e ficar disputando nosso espaço”, comparou o ex-presidente, destacando que as disputadas políticas deveriam ficar para depois da aprovação de reformas
Correio do Povo.