| Foto: Omar Al-Qattaa / AFP / CP
O cessar-fogo na Faixa de Gaza chega ao quarto dia consecutivo nesta segunda-feira. O acordo que interrompeu o conflito prevê a qual está prevista a libertação dos reféns israelenses que estão vivos em troca da soltura de cerca de dois mil palestinos, após dois anos de guerra.
Nesse domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou, em um discurso emocionado, que seu país alcançou “enormes vitórias” na guerra contra o Hamas em Gaza, embora tenha advertido que “a luta ainda não terminou”.
Libertação dos reféns
A expectativa é de que a segunda-feira seja marcada pela libertação dos 48 reféns israelenses, que pode ocorrer logo nas primeiras horas da manhã (o fuso horário da Cidade de Gaza está 6h à frente do de Brasília).
Um alto dirigente do Hamas declarou, ainda no sábado, 11, que a libertação de 48 reféns, em sua maioria israelenses, mantidos em Gaza, começará na manhã de segunda-feira. “De acordo com o acordo assinado, a troca de prisioneiros começará na manhã de segunda-feira, conforme acordado, e não há novidades a esse respeito”, afirmou Osama Hamdan à AFP.
O governo israelense afirma que começará a libertar os palestinos detidos em prisões israelenses assim que o retorno de todos os reféns mantidos em Gaza for confirmado.
Trump a caminho do Oriente Médio: “guerra acabou”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo, 12, que “a guerra acabou” e que “todos estão muito animados” com o cessar-fogo em Gaza e a liberação dos reféns, prevista para ocorrer nesta segunda-feira, 13, pela manhã, no horário de Israel.
“Este é um evento muito especial”, afirmou aos repórteres antes de entrar no Air Force One a caminho de Israel. Trump também participará de uma cúpula multinacional pela paz no Egito com diversos países ocidentais, muçulmanos e árabes. O presidente norte-americano acrescentou que tem sido uma “honra estar envolvido” nas negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Cúpula no Egito
Ainda na segunda-feira, 13, será realizada uma cúpula, em Sharm el-Sheikh, Egito, onde será discutida a implementação da primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza. Participarão o secretário-geral da ONU, António Guterres, e líderes de mais de 20 países, incluindo o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
O gabinete de Netanyahu anunciou que nenhum alto funcionário israelense participará do encontro, e o Hamas também não estará presente, pois afirmou que atua por meio de seus mediadores, Catar e Egito.
Os mediadores do conflito ainda enfrentam a difícil tarefa de garantir uma solução política duradoura que permita ao Hamas entregar suas armas.