Moradores da região estão há 12 dias sem luz
Após ouvir os prefeitos das cidades de Cerrito, Rio Grande, Candiota, Pedro Osório, Chuí, Pelotas, Pinheiro Machado, Morro Redondo, Arroio do Padre, São Lourenço do Sul, Canguçu e Capão do Leão, Leite afirmou que a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), que fiscaliza a prestação de serviços concedidos pelo Estado, acompanha o caso.
“É bom deixar claro que o Estado é o regulador desta concessão. A situação deste ciclone gerou uma enorme interrupção no fornecimento de energia, com casos resolvidos rapidamente. Mas ainda há relatos de comunidades sem luz, o que não pode ser aceitável.
O presidente da CEEE Equatorial, Raimundo Barretto Bastos, ouviu os apontamentos dos prefeitos e afirmou que a concessionária irá rever processos e ações para que este tipo de situação não se repita em casos de corte no fornecimento de energia causados por fenômenos naturais.
Sobre os planos de ações da concessionária após a reunião, Leite acredita que terá uma forma de comunicação mais eficiente por parte da CEEE com os municípios.
“Dificuldade de atendimentos, equipes com treinamento inadequado, dificuldades de comunicação, isso é inaceitável. É o mínimo que a Companhia precisa colocar e garantir que a população esteja sendo atendida. As falas trazidas (pelos prefeitos) geram insumos para a empresa.
No último ciclone extratropical que passou pelo Estado foram registradas quatro manifestações em Rio Grande e Pelotas. Os principais pontos de acesso ao município, como a BR-392, no bairro Santa Tereza, e a Junção, chegaram a ter o trânsito bloqueado pelos manifestantes.
Na próxima quarta-feira (26), haverá uma reunião virtual entre a conselheira-presidente da Agergs, Luciana Luso, e o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Sandoval de Araujo Feitosa Neto, para tratar da energia elétrica no RS. A CEEE Equatorial já foi multada pela Agergs em R$ 29 milhões em abril de 2022, por falhas no fornecimento de energia após temporais que atingiram a Região Metropolitana em 6 de março do ano passado. A companhia apresentou recurso à Aneel contra a sanção.