Governo estadual deve apresentar, na segunda-feira, detalhamento sobre organização de calendário escolar presencial
Contrariando as projeções já apresentadas para o retorno presencial às escolas, o governador Eduardo Leite anunciou, nesta quinta-feira, que a segunda etapa do planejamento do calendário escolar da rede de ensino só deve ocorrer no mês de agosto – e não em julho como se previa. A nova data, que levou em consideração o atual cenário epidemiológico de coronavírus, é válida para estudantes da rede pública e privada de ensino, além das universidades e cursos técnicos do Rio Grande do Sul. O detalhamento do retorno às escolas deve ser apresentado, na segunda-feira, em uma nova videoconferência.
“Nós projetávamos o retorno para o início de julho e isso, evidentemente, já não vai acontecer. O mais provável é o retorno para o mês de agosto e por etapas”, esclareceu o governador.
Em videoconferência, Leite destacou que apenas metade dos estudantes gaúchos da rede pública se cadastrou na plataforma “Google for Education” – usada para conectar professores a estudantes. Esses desafios, segundo o governador, vêm sendo enfrentados pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), em cooperação com as coordenadorias regionais de ensino.
Outro ponto colocado pelo governador para justificar o recuo no calendário escolar presencial é a concentração de pacientes com doenças respiratórias nos hospitais, o que geralmente ocorre em julho. A demanda esperada para esse período, segundo Leite, tende a sobrecarregar uma rede já afetada pela pandemia.
Consulta pública
Para auxiliar em um novo planejamento de volta às escolas, a Seduc vai abrir uma consulta pública, na próxima semana, para coletar análises de cerca de 3 mil entidades ligadas à educação e assistência social do Rio Grande do Sul. O formulário digital vai ser entregue às coordenadorias, conselhos tutelares e entidades ligadas à rede de ensino privada. “Todos sabem bem a marca do nosso governo é o diálogo. Esse é o esforço, ouvir todos”, disse Eduardo Leite.
Já o retorno das aulas práticas em laboratórios no ensino universitário, previsto para julho, fica mantido, conforme os protocolos apresentados pelo governo em maio.