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Justiça transforma em réu policial penal que matou tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu

Ministério Público denunciou Jorge Guaranho por homicídio duplamente qualificado, mas sem enquadrar o caso como crime político

O crime ocorreu no contexto de uma festa de aniversário de Arruda | Foto: Record TV / Reprodução / CP

O policial penal Jorge Guaranho, que matou a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (PR), se tornou réu nesta quarta-feira por homicídio duplamente qualificado. A Justiça do Paraná aceitou a denúncia do Ministério Público estadual.

O crime ocorreu no contexto de uma festa de aniversário de Arruda, que era tesoureiro do PT na cidade paranaense. O tema da festa do petista era o próprio partido político e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais cedo, os promotores explicaram que a morte de Marcelo Arruda aconteceu após uma discussão política com Guaranho.

Porém, para o MP, não se tratou de um crime político.

Motivo fútil e perigo comum

As duas qualificadoras do crime de Guaranho, segundo o MP, foram motivo fútil e perigo comum. Na noite do crime, de acordo com o promotor Luís Marcelo Mafra, o suspeito agiu por motivação política.

“Estamos tratando da primeira qualificadora desse crime, que seria o motivo fútil, havendo a querela sido desencadeada por preferências político-partidárias antagônicas”, afirmou.

A segunda qualificadora se deu, segundo os promotores, pelo fato de Guaranho apresentar perigo aos outros presentes na festa de aniversário de Arruda.

O outro promotor do caso, Tiago Lisboa, alega que “a Constituição não define o que é crime político. E a lei infraconstitucional brasileira também não define o que é crime político”.

Futuro do suspeito

Jorge Guaranho deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permanece internado em um hospital de Foz do Iguaçu. Neste momento, o suspeito de matar o tesoureiro do PT está em um quarto da enfermaria. O estado de saúde se mantém estável e não há mais risco de morte.

O promotor Tiago Lisboa explicou que Guaranho está preso e sob escolta dentro da unidade de saúde. “Ele se encontra preso preventivamente, ainda que hospitalizado. Existe uma guarda da polícia lá. Tão logo ele tenha condição e receba alta, ele vai ser encaminhado ao cárcere”, explicou.

Jorge Guaranho pode pegar mais de 20 anos de cadeia se for condenado pelo crime.

FONTE R7