Justiça do DF condena a dez anos homem que divulgou fotos da autópsia de Marília Mendonça
Rogério machado
Justiça do DF condena a dez anos homem que divulgou fotos da autópsia de Marília Mendonça
André Felipe de Souza Alves Pereira permanecia preso desde abril; defesa solicitou liberdade provisória, negada
A Justiça de Brasília condenou André Felipe de Souza Alves Pereira a dez anos e três meses de prisão por ter divulgado imagens da autópsia dos cantores Marília Mendonça e Gabriel Diniz. Além do crime de vilipêndio a cadáver, ele respondeu por divulgação de materiais relacionados a nazismo, xenofobia, incitação ao crime, racismo, atentado contra serviço de utilidade pública e uso de documento falso.
Pereira, de 22 anos, permanecia preso preventivamente desde abril. A defesa solicitou liberdade provisória, indeferida. O R7 tenta contato com a defesa do condenado.
O juiz do caso afirmou que Pereira divulgou as imagens “com vontade livre e consciente”. De acordo com o magistrado, a natureza das fotografias expostas e os comentários de Pereira no perfil dele em uma rede social “demonstraram o inequívoco objetivo de humilhar e ultrajar os referidos mortos, cujas imagens invocaram grande apreço popular, circunstância que comprova o dolo inerente ao tipo penal”, explicou.
André Felipe usou redes sociais para divulgar fotos tiradas durante a autópsia de famosos e incitar crimes. A cantora Marília Mendonça morreu, em 5 de novembro de 2021, aos 26 anos, na queda de um avião bimotor, em Piedade de Caratinga (MG). Já Gabriel Diniz, de 28, morreu em um acidente aéreo no sul de Sergipe.
Vazamento
Nas redes sociais, fotos da André Felipe de Souza Alves Pereira permanecia preso desde abril; defesa solicitou liberdade provisória, necrópsia do corpo da cantora Marília Mendonça, morta em 2021, começaram a ganhar destaque no começo deste ano.
A Polícia Civil de Minas Gerais abriu um procedimento administrativo para investigar o vazamento das imagens e anunciou que o sistema de armazenamento dos dados de investigações era capaz de identificar quem acessa as informações.
Em 17 de abril, a Polícia prendeu Pereira ao deflagrar a Operação Fenrir (nome de uma divindade da mitologia nórdica relacionada ao fim do mundo).
“Ele confessou a prática do crime e se encontra à disposição da Justiça”, disse o delegado da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos, Eduardo Fabbro, à época.