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Janaína Paschoal diz que “precisa de mais tempo” para decidir sobre ser vice de Bolsonaro

Em discurso na convenção nacional do PSL, jurista gerou atrito entre militantes

Advogada criticou pensamento único e defendeu necessidade de pensar na governabilidade | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP

A advogada e professora da USP Janaína Paschoal, cotada como possível vice na chapa à Presidência da República do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), reafirmou nesta segunda-feira que precisa de mais tempo para decidir se aceita o convite para formalizar a parceria e disputar as eleições 2018.

Janaína, que ficou conhecida nacionalmente por ser uma das autoras do pedido de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff, disse que discorda da frase de Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José de Alencar e cotado como vice do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), de que um vice “não manda nada”. “Definitivamente, não concordo com Josué de Alencar quando diz que vice não manda nada e ajuda quando não atrapalha”, disse a jurista à reportagem.

No último domingo ela participou da convenção nacional do PSL, que oficializou a candidatura de Bolsonaro à Presidência. Segundo ela, ficou a impressão de que Bolsonaro parece “ser uma pessoa muito bem intencionada”. Uma das mais aplaudidas no evento, Janaína pediu moderação e tolerância em seu discurso, criticou o que chamou de pensamento único e defendeu a necessidade de pensar na governabilidade. “Não se ganha a eleição com pensamento único. E não se governa uma nação com pensamento único”, disse Janaína na convenção.

Em sua fala, também afirmou que não era preciso sair “falando para as pessoas acreditar em Deus”, o que teria irritado pastores evangélicos apoiadores do militar. Mais tarde, na coletiva de imprensa, Jair Bolsonaro minimizou qualquer atrito com a jurista. “Tem que ter a liberdade de se expressar. Ela tem a opinião dela. Não dá para afinar 100% o discurso”, afirmou. Janaína é o terceiro nome cotado para assumir a vice na chapa. Antes, Bolsonaro tentou o senador Magno Malta (PR-ES), que optou por tentar a reeleição ao Senado, e o general da reserva Augusto Heleno, que foi vetado pelo PRP.

Correio do Povo