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Histórias de uma Super Vó – A arte e a banana(Viviane M Foresti)

Histórias de uma Super Vó
A arte e a banana
(ou o inverossímil usufruto da natureza)
Inicio dizendo que não sou uma especialista em arte, apenas uma informal apreciadora! Mas, confesso, essa tal tal de arte conceitual não atinge seus objetivos comigo.
Sou incapaz de apreciar, entender ou “captar a mensagem”, como diria a saudosa Juju.
Isso tudo é pelo recente acontecimento em que um coreano comeu uma banana colada na parede de uma sala de exposição de arte, e depois colou a casca no mesmo lugar.
A tal obra está avaliada em 600 mil reais, é a banana mais cara do mundo – mas Ufa! – a banana foi reposta e ficou tudo como dantes no castelo aquele …
Para mim o mais incrível dessa história, é que alguém decidiu colocar uma banana na parede e convencer outro alguém, intitulado “conhecedor de arte” a comprar a ideia, e lucrar com ela.
O único questionamento que esse tipo de arte me provoca é sobre a quantidade de trouxas que existem no mundo, pois qualquer ser, em posse de alguns neurônios, não vê nenhum sentido nisso.
“Porca miseria, sono tutti matti”, diria o Nonno Grapiglia, um grande apreciador da arte renascentista – Salve – Salve!.
Resolvi fazer essa mesma experiência com minhas netas gêmeas a Fofinha e a Fofura. Colei uma banana na parede do pátio e chamei-as para ver.
Surpresas exclamaram: UMA BANANA na parede! Que é isso vovó, tu tá maluquinha, é?
Tive o descaramento de dizer que era uma obra de arte e sugeri que completassem o quadro usando giz colorido.
Logo partiram para o rabiscamento da parede, e da casca. Que obviamente foi pantagruelicamente comida logo depois.
Dizem que a arte imita a vida, mas não cá em casa, aqui a vida imita a arte kkk
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Há alguns anos fui a uma Bienal do Mercosul, e estava lá exposto um tijolo, pintado de branco e emoldurado como se um quadro fosse, e uma pobre criatura explicando o que o autor gostaria de ter dito com aquilo, enquanto eu cheguei a conclusão que nada, em arte, que precise ser explicado, vale a pena ser ouvido, e menos ainda lembrado!
(Mas, desgraçadamente lembro, devem ser artes do Tinhoso Arteiro!)
VMF