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Greve da Polícia Civil começa com acampamento e atendimentos de urgência

Determinação do sindicato é para que não circulem viaturas e não ocorram cumprimentos de mandados

 Foto: Fabiano do Amaral

O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Policia do Rio Grande do Sul (Ugeirm Sindicato) considerou exitoso o primeiro dia de greve dos policiais civis gaúchos. Desde o começo desta segunda-feira, a categoria mantém paralisada as atividades até que os salários sejam pagos integralmente pelo governo estadual. “Estamos 100% parados em todo o Estado”, avaliou o vice-presidente da entidade, Fabio Castro.

Segundo o dirigente, Em Porto Alegre, um acampamento foi montado na calçada do Palácio da Polícia, na avenida João Pessoa. Faixas e cartazes foram espalhados no local, inclusive na entrada da 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (2ª DPPA), na avenida Ipiranga.

Conforme Fabio Castro, apenas os casos mais graves estão recebendo a atenção. A orientação é de que sejam mantidos os atendimentos de urgência e emergência durante a greve, sendo garantido um efetivo de 30% em cada órgão da instituição. A determinação da Ugeirm Sindicato é para que não circulem viaturas e não ocorram cumprimentos de mandados de busca e apreensão, mandados de prisão, operações e ações policiais, serviço cartório, entrega de intimações, oitivas, remessas de inquéritos ao Poder Judiciário e demais procedimentos de Polícia Judiciária.

A entidade reinterou ainda que as DPPAs e plantões somente atenderão os flagrantes e casos de maior gravidade, como latrocínios, homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos e Lei Maria da Penha, além daquelas ocorrências em que o comando de greve ou o plantonista julgar imprescindível a intervenção imediata da Polícia Civil. A Ugeirm Sindicato colocou inclusive à disposição uma assessoria jurídica para respaldo dos policiais civis em greve.

Em nota oficial, a Associação dos Delegados da Polícia Civil do RS (ASDEP) manifestou solidariedade e apoio às reivindicações dos agentes, além de orientar aos seus associados que apoiem a decisão da assembleia da Ugeirm Sindicato, suspendendo a realização de operações policiais e outros procedimentos.

Correio do Povo