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Governo da Venezuela tem prisões de dois ex-aliados em alto escalão de Maduro

Nicolas Maduro, president of Venezuela, left, speaks with Nelson Martinez, Venezuela's petroleum minister, during a swearing in ceremony for the new board of directors of Petroleos de Venezuela SA (PDVSA), Venezuela's state oil company, in Caracas, Venezuela, on Tuesday, Jan. 31, 2017. Maduro has given his vice president wide-reaching decree powers, including the ability to determine ministries' spending plans and expropriate private businesses, in a move that has fueled speculation over possible succession plans. Photographer: Carlos Becerra/Bloomberg

Nelson Martínez foi acusado de desvios na petroleira PDVSA

Nelson Martínez foi acusado de desvios na petroleira PDVSA | Foto: Juan Barreto / AFP / CP

O governo venezuelano se agitou nesta quinta-feira com a detenção do poderoso ex-ministro do Petróleo Eulogio del Pino e do titular em fim de mandato da petroleira estatal PDVS, Nelson Martínez, acusados de corrupção. Eles foram detidos por militares durante a madrugada em suas casas, quatro dias depois de o presidente Nicolás Maduro os destituir sem mencionar os motivos.

Em um vídeo que pediu para difundir caso fosse detido, Del Pino considerou as acusações como um “ataque injustificado” e afirmou que Maduro tinha lhe pedido para ignorar os rumores sobre ações judiciais contra ele. “Me disse que não caísse na guerra psicológica de quem traiu a revolução e destruiu a PDVSA”, afirmou.

O ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, informou na noite desta quinta-feira que “o governo de Nicolás Maduro apoia vigorosamente as ações do Ministério Público contra as máfias corruptas enquistadas na nossa indústria petroleira, que conduziram à detenção” de Del Pino e de Martínez. “Que fique claro que quem violar seu juramento de lealdade (…) ao governo bolivariano será perseguido e castigado pela justiça”.

Trata-se de um dos funcionários de mais alto escalão detido em uma ofensiva contra a suposta máfia na PDVSA, à qual o governo atribui a piora financeira e operacional da empresa, que aporta 96% das divisas do país. Del Pino, que ocupou a presidência da Pdvsa até agosto, quando Martínez assumiu, é acusado de “alteração intencional das cifras de produção de petróleo”, assinalou à imprensa o procurador-geral, Tarek William Saab, ao anunciar as capturas.

Também é acusado de “dano patrimonial” de 500 milhões de dólares, acrescentou Saab. Por isso, enfrenta acusações de peculato doloso, acordo para cometer crimes, incumprimento ao regime de segurança da nação, associação e uso indevido de sistema de informação. Enquanto isso, Nelson Martínez é acusado pela assinatura, em condições irregulares, de um contrato de refinanciamento da dívida da Citgo – filial da Pdvsa nos Estados Unidos – por quatro bilhões de dólares.

Por esse caso já foram detidos o presidente e cinco vice-presidentes da subsidiária. De acordo com o governo, também havia uma propina de 50 milhões de dólares. Segundo Saab, os detidos “disseram que (Martínez) estava ciente das negociações” que “comprometiam” a propriedade da Citgo.

Correio do Povo