Senador eleito acusou a imprensa de promover uma verdadeira “perseguição política” contra ele
Flávio Bolsonaro concedeu entrevista ao SBT | Foto: SBT / CP
Filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) disse nesta quinta-feira, em entrevista ao SBT, que não pretende renunciar ao mandato que assumirá em 1º de fevereiro e acusou a imprensa de promover uma verdadeira “perseguição política” contra ele. Flávio Bolsonaro também apontou como irregular a divulgação dos dados sobre a sua movimentação bancária e apresentou uma foto, na qual aparecem o procurador-geral de Justiça Eduardo Gussem (MPE-RJ) e um suposto jornalista, como sendo a prova do vazamento.
Em outra parte da entrevista, Flávio Bolsonaro se disse contra as milícias e afirmou que frases que ele havia dito sobre o tema, em debate na Assembleia do Rio, em 2007, foram tiradas de contexto. Em relação a homenagens que fez a PMs acusados de comandar um dos grupos milicianos mais antigos do Rio, em Rio das Pedras, Flávio justificou que já ofereceu “centenas” de moções parabenizando profissionais de segurança pública e que não sabia, à época, sobre as acusações atuais. Um dos homenageados estava preso no momento em que o pedido de homenagem foi protocolado.
“Eu sou contra milícias, só que nesse momento (em 2007) estava começando discussão sobre o que era isso. Estava se generalizando de forma muito preocupante”, disse. “Eu sempre fiz a defesa dos profissionais de segurança pública. E qualquer lugar onde moravam dois ou três policiais já estava sendo considerado milícia.”
Na ocasião, há 12 anos, o deputado federal havia dito que “não se pode simplesmente estigmatizar as milícias”, e se referiu aos grupos como um “novo tipo de policiamento”. Flávio disse nesta quinta que é contra qualquer tentativa de se implantar um “Estado paralelo” a governos constituídos.
Sobre o PM Adriano Magalhães da Nóbrega, que cumpria pena em 2005 quando foi homenageado por Flávio, disse que “essas informações estão vindo à tona agora, apenas”. Segundo o jornal Estado de S. Paulo, o filho do presidente empregava, até novembro de 2018, a mãe e a esposa de Nóbrega em seu gabinete – que teriam sido indicadas por seu ex-assessor e motorista, Fabrício Queiroz.
Correio do Povo