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Famurs lamenta falta de diálogo e postura autoritária do governo do RS

De acordo com a Federação, ausência de respaldo técnico e não suporte das pressões tirou credibilidade das normas

| Foto: Famurs / Divulgação CP

Comunicado foi divulgado no começo da noite desta terça-feira

Após a decisão do governo do Rio Grande do Sul de classificar todo o Estado na bandeira vermelha do modelo de Distanciamento Controlado e a projeção de mudança do programa a partir do dia 10 de maio, a Famurs divulgou uma nota, em que critica a falta de diálogo e postura autoritária do governador Eduardo Leite na tomada de decisões.

“Mais uma vez somos obrigados a nos manifestar para registrar nossa profunda inconformidade com a conduta autoritária com que o Governo do Estado, nos últimos meses, tem adotado na regulamentação das regras de distanciamento controlado para combate a pandemia. A ausência de diálogo tem prevalecido. E com essa posição arbitrária não é possível construir consensos mínimos necessários, especialmente em momentos de crise como a que estamos vivenciando agora”, diz trecho da nota.

Na avaliação da Federação, que alega ter alertado que a ausência de respaldo técnico e não suporte das pressões tiraria credibilidade das normas, as manifestações não são considerados pelo governo do Estado.

“Não podemos aceitar o falso diálogo, em que as decisões chegam prontas ou são anunciadas pela imprensa. Sempre fomos colaborativos com os demais entes federados em propostas relativas à pandemia do coronavírus, especialmente com o Governo do Estado. Queremos participar e ajudar. Construir coletivamente as melhores alternativas. Mas não podemos assumir responsabilidades que, neste momento, são do Governo do Estado”.

Assinado pelo presidente Maneco Hassen, a nota reitera que considera altamente arriscada a medida de conversão para a bandeira vermelha um dia após a decisão da justiça de manter a suspensão das aulas. “Essa conduta, expõe a fragilidade e desgaste do modelo de distanciamento controlado”.

“Concordamos com o fim do modelo de cogestão, momentaneamente, desde que haja participação efetiva das prefeitas e prefeitos na construção de uma nova referência, que deve ser simples e objetiva, considerando as peculiaridades de cada região e setores econômicos e sociais, com foco no equilíbrio necessário”.

Por fim, a Famurs pede que a vacinação no Estado seja acelerada e alega que “é preciso iniciativa e ação em defesa do povo gaúcho, sob pena de se manter as medidas de restrições hoje necessárias, ainda por longos meses”. “Não se governa por decretos”, finaliza.