Recuo é de mais de 50 quilômetros, segundo os EUA
O exército russo recuou mais de 50 quilômetros a leste de Kiev nas últimas 24 horas e começou a estabelecer posições defensivas em várias frentes na Ucrânia, informou um funcionário do alto escalão do Pentágono nesta quarta-feira (23).
“Os ucranianos conseguiram repelir os russos 55 quilômetros a leste e nordeste de Kiev”, disse à imprensa este funcionário, que pediu anonimato, quando o Pentágono ainda estimava na terça-feira que as forças russas estavam entre 15 e 20 quilômetros do centro da capital.
“Continuamos a ver que eles se entrincheiram e estabelecem posições defensivas”, acrescentou. “Não é que eles não avancem, é que eles não tentam avançar.
Eles assumem posições defensivas.”
As forças russas também permanecem bloqueadas a 10 quilômetros do centro de Chernigov, a nordeste de Kiev, segundo estimativas do Pentágono. Nesta área “elas cedem terreno, movem-se na direção oposta, mas não muito”, observou.
Em Kharkiv (leste), onde os combates continuam intensos, as forças russas permanecem a cerca de 15 a 20 quilômetros do centro e enfrentam resistência “muito forte”.
De acordo com o chefe do Ministério da Defesa americano, o exército russo parece dar prioridade às regiões separatistas pró-Rússia no leste.
“Eles mostram muito mais energia em Lugansk/Donetsk, em particular em Lugansk”, disse.
“Pensamos que eles estão tentando imobilizar as forças ucranianas”, que se encontram na região pró-Rússia desde 2014, ao longo da linha de frente com as áreas separatistas, “para que não possam ser usadas em outros lugares”, explicou.
No sul, o Pentágono observou que a Marinha russa usa o porto de Berdyansk, ao sul do Mar de Azov, para reabastecimento. Berdyansk é uma das poucas cidades que caíram sob o controle das forças russas, no 28º dia de sua ofensiva. Finalmente, o Pentágono não vê mudanças em Odessa.
Se vários mísseis foram disparados na direção da cidade a partir de navios russos no início da semana, isso não aconteceu novamente na terça ou quarta-feira, disse o funcionário americano.
Correio do Povo