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Ex-tesoureiro do PT é condenado por Moro

Comissão de Cultura

Gaúcho Paulo Ferreira e outros 12, também sentenciados, fraudaram licitação de obra da Petrobras

Paulo Ferreira foi condenado no âmbito da Lava Jato | Foto: Alexandre Martins / Câmara dos Deputados

O juiz federal Sérgio Moro condenou o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira a nove anos e dez meses de prisão em regime fechado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. É a primeira condenação do petista pela Operação Lava Jato. Também foram condenados o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-executivo da construtora OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, pelos crimes de corrupção passiva e ativa, respectivamente. Duque foi condenado a dois anos e oito meses em regime semiaberto e Pinheiro, a dois anos e seis meses em regime aberto. No mesmo processo, foram condenados outros dez réus.

O processo é referente à 31ª fase da Lava Jato, denominada Operação Abismo. Segundo a denúncia, um consórcio integrado pela OAS e outras empreiteiras pagou R$ 39 milhões em propina, entre 2007 e 2012, para fraudar e superfaturar a licitação de construção do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras. O consórcio era composto por OAS, Carioca, Construbase, Schahin e Construcap CCPS. OAS e Shahin já eram investigadas pela Lava Jato.

Segundo a acusação, Alexandre Correa de Oliveira Romano, ex-vereador da cidade de Americana (SP) pelo PT, confessou ter repassado mais de R$ 1 milhão do Consórcio Novo Cenpes para Ferreira, por meio de contratos simulados. Entre as contas utilizadas para os repasses estão as da escola de samba Estado Maior da Restinga, de Porto Alegre, e da madrinha da bateria da agremiação. À época da acusação, o presidente da escola de samba, Robson Dias, disse que um repasse de R$ 45 mil tinha sido feito para bancar uma viagem à China, que seria tema do enredo da agremiação no carnaval de 2010.