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Ex-superintendente da PF diz que soube pela imprensa que Bolsonaro queria trocá-lo

O novo superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, delegado Ricardo Andrade Saadi, fala durante cerimônia de posse, na sede da PF.

Saadi enfatizou que corporação no RJ subiu de 24ª para 4ª do país sob sua gestão

Responsável foi trocado após Bolsonaro tirar Moro e e Valeixo 

Ricardo Andrade Saadi, ex-superintendente da PF (Polícia Federal) no Rio de Janeiro, afirmou nesta segunda-feira em depoimento na ação que apura as acusações feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro contra Bolsonaro, que soube pela imprensa do interesse do presidente em retirá-lo do cargo. Ele relata que não chegou a questionar o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, sobre a declaração de Bolsonaro veiculada pelos meios de comunicação.

Em 2019, Saadi conta que Valeixo se dirigiu a ele para o informar que o delegado Carlos Henrique seria indicado para a Superintendência da Polícia Federal em Pernambuco. O objetivo da promoção, segundo Saadi, era dar experiência a Carlos Henrique para que ele assumisse o comando do órgão no Rio de Janeiro, o que efetivamente ocorreu após a demissão dele.

Questionado, Saadi descarta a possibilidade de que sua exoneração tenha sido feita por questão de desempenho. Ele afirma que quando assumiu a corporação a unidade se encontrava em 24º no índice de produtividade operacional e elevou a superintendência para a quarta colocação.

Ao falar sobre as investigações contra adversários do presidente, Saadi ressaltou que não cabia a ele conduzir investigações e nem ter conhecimento especifico de um inquérito ou outro.