Foi realizado na manhã desta terça-feira (03) no Fórum da Comarca de Erechim, júri de Marcos Gabriel Pimentel de Oliveira (vulgo “Bolinha”) e Eduardo de Abreu Nunes (vulgo “Dudu”). Os marauenses são acusados pelo Ministério Público de tentar assassinar três homens, a tiros no dia 04 de maio de 2013, em um bairro na cidade de Marau.
Os réus foram condenados a 11 anos e três meses de reclusão, em regime fechado.
A sentença lida pelo juiz Marcos Luiz Agostini, titular da 1° Vara Criminal da Comarca de Erechim, foi ouvida pelos réus que permaneceram de cabeça baixa.
A sessão de julgamento foi realizada em Erechim devido a uma solicitação de defesa da Comarca de Marau, que compreendeu que caso os dois réus fossem julgados naquela cidade, o júri poderia ter sua imparcialidade questionada, devido a histórico de crimes atribuído à dupla.
Ao fim da sessão o advogado de Marcos, destacou que pretende recorrer da decisão do júri, em virtude que não existem provas segundo ele para condenação.
“Não encontrei provas para esta condenação, a pena foi muito elevada para este tipo de crime, vamos protelar” destacou. A defensora pública, Marcélia Cominetti Favarin, que defendeu Eduardo, destacou que pretende apenas recorrer apenas do regime imposto para o cumprimento da pena. “
Acredito que a decisão do júri é soberana, vamos recorrer para tentar mudar o regime apenas”, salientou.
O representante do Ministério Público, promotor, Gustavo Burgos de Oliveira, destacou que decisão tomada pelo júri foi justa e correta.
“Acredito que mais uma vez o júri acertou em sua decisão, que foi tomada conforme as provas que estão nos autos”, destaca.
Em depoimento na sessão do júri, acompanho pelos sete jurados, sendo cinco mulheres e dois homens, os réus negaram ter cometido a tentativa de homicídio pelo qual foram julgados e declararam que estão sendo acusados injustamente pelas vítimas devido a desavenças pessoais, não reveladas.
Para o Ministério Público, trata-se de uma briga entre facções rivais, que dominavam dois bairros na cidade de Marau. A de Marcos, conhecida como Turma do Bolinha ou Facção BSH, em referência ao Bairro Santa Helena, da qual Eduardo faria parte, contra facção formada pelas vítimas que também respondem processos. No dia os réus teriam revidado outra ação na qual teriam sido alvo de disparos de arma de fogo.
Os dois foram presos em uma Operação da Polícia Civil de nome Operação Clinica Geral, que desmontou parte da quadrilha de Bolinha, em outubro de 2013.
Desde então aguardavam julgamento até fugir do presídio no dia 26 março, mas foram recapturados pela polícia dias após a fuga.
Na oportunidade, a Operação Clinica Geral resultou em 14 prisões, se configurando como a maior Operação Policial do município.
Marcos e Eduardo chegaram a fugir do Presídio Regional de Passo Fundo, no dia 26 março, mas foram recapturados pela polícia. Bolinha foi recapturado algumas horas depois a fuga, já Dudu chegou a ficar 31 dias foragido.
Os réus irão cumprir suas penas em regime fechado, nas penitenciarias onde se encontram, Marcos Gabriel Pimentel de Oliveira, no Presídio Regional de Santa Maria e Eduardo de Abreu Nunes, no Presídio Estadual de Lajeado.
Informações e Fotos: Jornal Bom Dia