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Embaixador dos EUA na Rússia entrega resposta de Washington às exigências de Moscou

Crescem os temores de uma invasão russa da Ucrânia

O governo russo disse nesta quarta-feira (26) que o embaixador americano em Moscou entregou uma resposta às suas exigências de retirada da Otan dos países do Leste Europeu, em um momento de crescentes temores de uma invasão russa da Ucrânia.

O embaixador John Sullivan “entregou uma resposta por escrito do governo dos EUA ao projeto de tratado bilateral sobre garantias de segurança”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia após uma reunião entre Sullivan e o vice-chanceler russo Alexander Grushko.

O texto oferece “uma via diplomática séria, se a Rússia quiser”, declarou o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

O secretário garantiu que está disposto a falar com o seu colega russo, Serguei Lavrov, “nos próximos dias”.

“Deixamos claro que existem princípios básicos que estamos determinados a manter e defender, incluindo a soberania e integridade territorial da Ucrânia, e o direito dos Estados de escolher seus próprios acordos e alianças de segurança”, disse o secretário de Estado dos EUA à imprensa.

Washington considera a perspectiva de uma incursão militar russa na Ucrânia como cada vez mais provável, já que há semanas a Rússia mobilizou dezenas de milhares de soldados em suas fronteiras com o país vizinho.

O Kremlin nega qualquer plano de invasão, mas condiciona uma desescalada a acordos que garantam a não expansão da Otan a países que considera dentro da sua órbita geopolítica, e uma retirada ‘de fato’ da Aliança Atlântica do Leste Europeu.

 

Washington prometeu fornecer uma resposta por escrito às demandas russas.

Enquanto este documento era entregue em Moscou, uma reunião entre negociadores russos, ucranianos, franceses e alemães estava sendo realizada em Paris, bem como um discurso do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, era esperado em Washington.

No início do dia, a embaixada dos EUA em Kiev “exortou” seus concidadãos na Ucrânia a deixar o país imediatamente diante da ameaça “crescente” de uma invasão russa.

Correio do Povo