Desde os atos de 8 de janeiro, em Brasília, o procurador-geral da República busca blindar a instituição de ataques
No dia seguinte aos ataques, disse em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), governadores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que “não faltou Ministério Público” em sua gestão e que em 2021 e 2022 não houve atos de violência capazes de atentar contra a democracia.
“Qualquer imputação de omissão dirigida ao PGR atinge também os subprocuradores que integram a cúpula da instituição e o próprio MPF”, afirma Aras na nota divulgada neste sábado (11).
Ao longo da nota, Aras enfatiza diversas vezes que não atua sozinho na PGR, mas junto com 74 subprocuradores e destaca que a “independência funcional também é uma garantia contra eventuais abusos de agentes públicos, integrantes de órgão ou poder”.
Ele ressaltou as diversas atribuições que se acumulam no cargo de PGR. “Para atender à grande demanda institucional e para suprir todas as deficiências encontradas nos distintos órgãos em que deve atuar, o PGR conta com dezenas de subprocuradores-gerais da República, cujo título por si só reflete que estes pares devem auxiliá-lo na gestão e na atividade-fim do MPF”, diz a nota.
Como tem feito em outras manifestações públicas, Aras reforçou que sua gestão “tem se pautado pelo respeito à Constituição e ao devido processo legal como garantia fundamental para evitar excessos, abusos e desvios”.
De acordo com o PGR, “mazelas” de gestões anteriores conduziram “cidadãos a prisões ilegais, com a criminalização da política e irreparáveis prejuízos à economia”, disse em referência à Operação Lava Jato.
Na abertura do ano Judiciário no STF, em 1º de fevereiro, Aras disse que o órgão evitou manifestações extremistas “de forma estrategicamente discreta”.