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Em meio a invasões, Fávaro retorna ao Brasil, e Haddad se reúne com representantes do MST

Em meio a invasões, Fávaro retorna ao Brasil, e Haddad se reúne com representantes do MST

Somente em abril deste ano, o MST invadiu ao menos 11 locais, como fazendas e órgãos públicos, no chamado Abril Vermelho

Foto: Guilherme Martimon / MAPA

Em meio à crise causada pelas invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, interrompeu a agenda em Londres, na Inglaterra, e retornou ao Brasil a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Fávaro cancelou a palestra nesta sexta-feira em um evento organizado pelo Lide Brazil Conference, na capital britânica. A conferência teria o tema “A força do Brasil para a segurança alimentar do mundo”. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também entrou em campo para resolver a situação.

Ele vai se encontrar ainda nesta quinta-feira com ao menos cinco representantes do MST, entre eles João Paulo Rodrigues, Ana Chã e Gilmar Mauro. A reunião vai ocorrer na sede da pasta em São Paulo.

“Condeno veementemente qualquer ato que danifique processos produtivos, em áreas produtivas. Temos outros instrumentos melhores e mais efetivos para as bandeiras que possam ser levantadas para a conquista desse interesse”, disse.

Invasões
Somente em abril deste ano, o MST invadiu ao menos 11 locais. Entre os alvos das ações em diversos estados, estão fazendas, propriedades, áreas públicas e órgãos, como prédios da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

As invasões fazem parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, o chamado Abril Vermelho, em memória às 19 mortes de trabalhadores sem-terra ocorridas em Eldorado do Carajás (PA), em 17 de abril de 1996.

Em março, foi protocolado na Câmara dos Deputados pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as invasões do MST. O requerimento atingiu o número mínimo de assinaturas, e a abertura da CPI depende da aprovação do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

FONTE R7