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Em evento, Bolsonaro volta a dizer que país precisa retomar trabalho

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante declaração após reunião com os presidentes do Senado Federal, Câmara dos Deputados e Supremo Tribunal Federal, ministros e governadores.

Ao entregar moradia para baixa renda, presidente também defendeu, indiretamente, o chamado “tratamento precoce”

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira, mais uma vez, que o Brasil “precisa voltar a trabalhar” e que o desemprego e o vírus são “problemas gravíssimos”. As informações foram publicadas pela Agência Reuters.

Ao entregar moradias para população de baixa renda em uma cidade do Distrito Federal, Bolsonaro também voltou a defender, indiretamente, o chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19.

Bolsonaro afirmou que vai nesta semana à cidade catarinense de Chapecó para mostrar que “o vírus é grave, mas seus efeitos têm como ser combatidos”.

O presidente postou em redes sociais, na manhã desta segunda, um vídeo do prefeito da cidade, João Rodrigues (PSD), em que mostra uma unidade de internação semi-intensiva vazia, dizendo que a cidade em menos de 60 dias reverteu uma situação gravíssima de Covid-19.

No vídeo, Rodrigues defende medidas científicas, mas também o chamado “tratamento precoce”.

O prefeito, no entanto, adotou medidas duras de restrição de circulação já no início de fevereiro, que incluíram a proibição de aglomerações na rua, eventos esportivos, proibição do funcionamento de casas noturnas e limitação de funcionamento para bares e restaurantes.

No evento em São Sebastião, que o Palácio do Planalto chegou a tirar da agenda, depois de confirmar na sexta-feira, Bolsonaro e toda a equipe usaram máscara e a presença de público era restrita às pessoas que receberem as chaves das casas. Ainda assim, era possível ver pessoas aglomeradas do lado de fora do cercado, esperando o presidente.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro ataca governadores e prefeitos que definem medidas de restrição à circulação das pessoas como forma de frear a disseminação do vírus, dizendo que o país precisa trabalhar e a economia funcionar.