Eduardo Leite manifesta receio de como serão analisadas imagens de câmeras corporais das forças de segurança
Rogério machado
Eduardo Leite manifesta receio de como serão analisadas imagens de câmeras corporais das forças de segurança
Governador ainda esclareceu que se trata de um processo de “experimentação”
O governador Eduardo Leite manifestou receio, nesta semana, em relação a como serão analisadas as imagens das câmeras corporais que serão implementadas no fardamento das forças de segurança do Rio Grande do Sul.
Leite abordou o tema durante a apresentação dos indicadores criminais do mês de julho, na quinta-feira, na sede da Fecomércio, em Porto Alegre. Conforme o governador, o policial toma a decisão de como agir dentro de circunstâncias específicas e, por isso, os vídeos não podem ser analisados sem contexto.
“Quais serão os usos, qual será o tipo de abordagem que será feito ao analisar? Porque é aquela coisa, é como observar o jogo depois do replay. Ele podia ter feito isso, podia ter feito aquilo, mas quem estava no campo na hora para tomar a decisão está sob pressão, sob aquelas condições, naquelas circunstâncias”, mencionou.
Leite também declarou que não é do interesse público que as forças de segurança tenham medo de agir ou que cometam excessos ao reprimir. “Para o interesse público, para o interesse comum, não interessa uma polícia com medo de agir, uma polícia que esteja com receio de entrar em atuação nas situações críticas, porque esta não-ação policial virá, via de regra, em desfavor da sociedade.
Agora, é claro, também ninguém quer um estado em que que a polícia desborde das suas funções”, manifestou.
O governador ainda esclareceu que se trata de um processo de “experimentação”.
A primeira aquisição dos equipamentos vai ser feita para apenas para parte dos agentes. A empresa vencedora licitação deve locar e manter 1,1 mil equipamentos, além de captar, transmitir, armazenar e compartilhar os dados gerados, seguindo as determinações especificadas pelos órgãos de segurança do Rio Grande do Sul.
Duas empresas apresentaram propostas em uma licitação realizada em dezembro do ano passado, mas não contemplaram os pedidos dos órgãos solicitantes.
Em novo pregão eletrônico, em maio deste ano, outras quatro companhias manifestaram interesse, porém a vencedora e a segunda colocada não atenderam os critérios ou não responderam.
A expectativa é que dentro de 15 dias se tenha uma definição quanto à terceira colocada.