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Dólar fecha sexta com leve queda, numa semana com 5% de alta acumulada

Moeda americana foi cotada a R$ 3,3713 no fechamento

Moeda americana foi cotada a R$ 3,3713 no fechamento | Foto: Juan Barreto / AFP / CP

O dólar passou a tarde desta sexta-feira em baixa, após manhã de alta. Exportadores e algumas tesourarias puxaram um movimento de venda no mercado à vista e a queda de preço até mínima, aos R$ 3,3536 (-0,76%) depois das 13h. O firme avanço do petróleo e ausência de novidade no cenário político local induziram as ofertas, segundo operadores de câmbio. No fechamento, o dólar à vista estava em baixa de 0,25%, aos R$ 3,3713, para alta acumulada na semana de 5%.

Na BM&FBovespa, o dólar futuro de janeiro de 2017 passou a subir no finzinho da sessão e fechou aos R$ 3,4005 (+0,10%), após ceder durante a tarde. No dia, oscilou 1,76%, da máxima pela manhã, aos R$ 3,4310 (+1.00%), até uma mínima no começo da tarde, aos R$ 3,3715 (-0,75%). O volume financeiro movimentado somou cerca de US$ 12,452 bilhões.

Antes de recuar à tarde, o dólar à vista havia subido até uma máxima de R$ 3,4099 (+0,89%) no mercado à vista pela manhã. A princípio, foram os importadores que compraram, dada a perda acumulada frente o real, de 2,65% nas últimas quatro sessões, de acordo com o gerente de uma gestora de recursos. Essa demanda inicial amparou-se também na alta do dólar no exterior, que persistiu o dia todo, em razão das apostas na elevação do juro na reunião do Federal Reserve, na próxima quarta-feira, afirmou o mesmo gerente.

Em relação ao mercado cambial, o Banco Central já informou que fará na segunda-feira oferta de até 9.995 contratos de swap tradicional (cerca de US$ 500 milhões), para rolagem do vencimento de contratos de janeiro. Há expectativas se o Banco Central fará ou não leilão de linha em algum momento ao longo deste mês.

A Bovespa vagou sem direção ao longo de todo o pregão desta sexta-feira, alternando altas e baixas, num dia sem notícias de impacto para o mercado de ações, enquanto no exterior as bolsas tiveram mais uma sessão de ganhos firmes. A falta de apetite para os negócios por aqui foi evidenciada pelo giro financeiro fraco, novamente abaixo da média diária de R$ 8,3 bilhões. Dentro do Ibovespa, papéis como Petrobras e Vale exerciam pressão de baixa, com bancos em alta na contraparte, juntamente com Ambev, outra ação de peso dentro da carteira.

O Ibovespa fechou com 60.500,61 pontos, baixa de 0,29%. Na mínima, caiu 0,59%, aos 60.316 pontos, e na máxima chegou aos 61.129 pontos (+0,75%). O volume financeiro somou R$ 7,614 bilhões. A bolsa fechou a semana com ligeira alta de 0,30%. No mês, ampliou o recuo para 2,27%, mas em 2016 há alta acumulada de 39,57%.

A próxima semana deve ser de bastante volatilidade, diante da agenda pesada que inclui a votação da PEC do Teto dos Gastos na terça-feira e a decisão de política monetária do Federal Reserve, na quarta, o que sempre inspira cautela. Outro gestor da área de renda variável, do Rio, lembrou que a taxa da T-Note de dez anos em 2,466% hoje gera um pouco de apreensão. “Não se sabe se atingiu um novo ponto de equilíbrio, isso cria uma certa tensão”, comentou.

Vale e o setor siderúrgico foram destaques negativos. Os papéis da mineradora têm muita gordura para queimar e, além disso, o preço do minério de ferro na China caiu perto de 3%. Vale ON cedeu 1,73% e Vale PNA, -0,67%. Gerdau PN liderou as perdas do Ibovespa, fechando em baixa de 5,23%. As ações da Petrobras recuaram 0,93% (ON) e 0,76% (PN), mesmo em meio ao avanço do petróleo. Às vésperas da reunião da Opep com membros de fora do cartel, para decidir se estes também compartilharão do acordo para corte da produção, o barril do WTI para janeiro na Nymex subiu 1,29%, para US$ 51,50.

O setor financeiro equilibrou a pressão de queda, dado que alguns papéis de peso, como Itaú Unibanco PN (+0,30%) e Bradesco PN (+1,33%) avançaram. Pão de Açúcar PN (+5,01%) liderou o ranking das maiores altas, após declarações consideradas positivas de executivos da companhia. Ambev ON subiu +1,09%.

Correio do Povo