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Diretora de escola é suspeita de enterrar livros e desviar verba da merenda em Livramento

Professora foi afastada do cargo pela Coordenadoria Regional de Educação

 

                                           Foto: Daniel Badra / Especial / CP
A diretora de uma escola estadual de Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF) por improbidade administrativa. Ela é suspeita de ter desviado verba da merenda escolar e de ter enterrado livros didáticos para conseguir mais recursos financeiros. Segundo a procuradora da república, Luciane Oliveira, o dinheiro desviado seria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A Justiça cumpriu uma liminar de busca e apreensão na escola na manhã desta quarta, onde foram recolhidos documentos e um acervo bibliográfico encontrado no pátio da escola.


Há ainda uma investigação sobre as dependências da escola, que teria um banheiro especialmente reformado e equipado para a diretora. As investigações seguiam em segredo de justiça. Segundo informações da procuradora, a diretora não estaria aplicando recursos financeiros na área de informática e livros didáticos. “Ação prévia foi efetuada para verificar a existência de livros enterrados”, disse.

O material recolhido servirá como prova para a abertura do inquérito. Durante a ação na manhã de hoje, o laboratório de informática teria sido encontrado trancado. Ele estaria sendo utilizado como depósito e para fins particulares, segundo Luciane.


De acordo com a procuradora, também existe uma ação contra a suspeita no Ministério Público Estadual (MPE) por improbidade administrativa. No entanto, a ação ainda não foi apreciada pela promotoria. A reportagem tentou contato com a promotora do caso, mas ela não pode atender por estar em outros compromissos.

De acordo com a assessora jurídica da 19º Coordenadoria Regional de Educação, Maria de Lourdes Suárez, foi aberta uma sindicância para apurar as possíveis irregularidades no âmbito administrativo. A denúncia teria sido feita por professores da escola. Segundo Maria de Lourdes, houve uma tentativa de mediar a situação junto a direção. No entanto, depois das denúncias, os docentes teriam se sentidos acuados, o que provocou o afastamento da diretora da instituição.
Correio do Povo