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Defesa de Jardel vai recorrer à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia

Advogado questiona super exposição do deputado em operação do MP

Depois de ingressar com representações no Ministério Público (MP) e no Tribunal de Justiça (TJ) para apurar se houve irregularidades durante a operação na casa do deputado estadual Mario Jardel (PSD), o advogado do parlamentar, Amadeu Weinmann, decidiu que cabe procedimento junto à Assembleia Legislativa (AL). A intenção do defensor é recorrer à Comissão de Direitos Humanos da Casa. 


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“Chegamos à conclusão de que cabe levar este tipo de situação a Comissão de Direito Humanos por se tratar de um membro do próprio poder. Nosso objetivo é comprovar que aconteceu uma invasão do apartamento de Jardel e, em decorrência da presença da imprensa, uma exploração indevida de familiares do deputado. Com isso, mais tarde, é possível buscar um ressarcimento na Justiça por danos morais”, adiantou Weinmann.

Os argumentos serão os mesmos usados junto ao MP e ao TJ: houve uma super exposição do deputado Jardel e de seus familiares na mídia. A ação da procuradoria, no entendimento da defesa de Jardel, resultou numa espécie de espetacularização do caso.

O advogado voltou a enfatizar que teve acesso às imagens das câmeras de vigilância do prédio de Jardel, no Jardim Europa, Zona Norte de Porto Alegre, no momento da ação do MP, em 30 de novembro. Segundo Weinmann, a gravação insinua que houve uma espécie de favorecimento a determinado veículo de imprensa. “É curioso porque os agentes do Procuradoria passam pela portaria e o repórter é barrado. Em seguida, retorna um promotor e libera o acesso do profissional. Lá em cima, no apartamento de Jardel, a equipe de televisão faz uma devassa e pergunta para esposa de Jardel sobre prostitutas, e ela nada tem a ver com o caso”, disse.

Na representação, encaminhada ao Tribunal de Justiça, o advogado de Jardel quer saber se o Ministério Público solicitou autorização para o acompanhamento da imprensa durante a operação. Weinmann não confirmou a data em que pretende protocolar denúncia junto à Comissão de Direitos Humanos.
Correio do Povo