Saúde, educação e desemprego aparecem como os temas mais preocupantes no momento; combate à corrupção está em 4º lugar
A pesquisa entrevistou 1.600 pessoas entre 10 e 16 de junho. A margem de erro do levantamento é de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. Dos entrevistados, 56% eram mulheres e 44% homens, com média de idade entre 25 a 40 anos (38%). A maioria, 60%, também respondeu que pertence à classe C, ou seja, a famílias com renda domiciliar média entre R$ 1.748,59 e R$ 3.085,48.
O levantamento também analisou como o brasileiro lida com situações de corrupção no dia a dia. Atitudes que parecem corruptas, mas que são socialmente aceitáveis, geralmente são relacionadas a algum tipo de ajuda ao próximo. Para 60% dos entrevistados, por exemplo, é aceitável um fiscal de trânsito relaxar a multa a um motorista que esteja transportando uma pessoa doente ou uma mulher em trabalho de parto. Para 23%, essa atitude não é aceitável. Os 17% restantes responderam que é uma atitude medianamente aceitável.
A maioria rejeita, porém, os atos de alguém que sabe estar levando vantagem. As ações mais problemáticas, segundo os entrevistados, envolvem servidores públicos que recebem salário sem comparecer ao trabalho (93%) e falsificação de documentos para obtenção de vantagens (93%).
A maior parte dos entrevistados, 40%, respondeu que não sabe se o município em que mora conta com algum tipo de controle interno para tratar casos de corrupção, como auditoria interna, ouvidoria ou corregedoria. Outros 31% disseram saber que a cidade dispõe desses controles, mas não acreditar que funcionem. Apenas 26% disseram saber da existência e confiar nesses órgãos.