Lawand aparece em investigação da PF pedindo ao ex-ajudante de ordens para convencer Bolsonaro a “dar ordens” aos militares
Lawand havia sido autorizado, ontem, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a ficar em silêncio. No entanto, decidiu responder às perguntas dos parlamentares.
Ao explicar a mensagem trocada com Cid, Lawand disse que em nenhum momento falou a palavra “golpe”. “Em nenhum momento eu quis atentar contra democracia, em nenhum momento eu escrevi golpe. A mensagem escrita golpe não é minha. O que eu quis dizer foi a ‘ordem’ para que o presidente da República apaziguasse o país”, justificou.
Lawand também classificou a mensagem como um “desabafo infeliz” e afirmou mais de uma vez que a intenção era fazer com que Cid “entendesse” que uma manifestação do ex-presidente Jair Bolsonaro era necessária para fazer os manifestantes acampados em frente aos Quartéis Generais do Exército voltarem para casa.
“Esta colocação minha, eu fui muito infeliz. Sou um simples coronel conversando num grupo de WhatsApp com um amigo. Não tinha comandamento, não tinha condições, não tinha motivação para qualquer tipo de golpe.
Mensagens com Mauro Cid
No material encontrado no celular de Cid, Lawand pede “pelo amor de Deus” para que o ajudante de ordens do ex-presidente faça “alguma coisa” após perder o segundo turno da eleição.
“Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, cara”, afirmou Lawand Júnior em um áudio a Cid em 1º de dezembro de 2022.
No dia seguinte, 2 de dezembro de 2022, o coronel encaminhou novas mensagens. Às 8h32min, ele escreveu: “Ele tem que dar a ordem, irmão. Não tem como não ser cumprida”.
FONTE R7