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Coronavac: Anvisa recebe relatório de comitê independente sobre evento adverso

Relatório é necessário para agência decidir se autoriza ou não volta de testes da vacina da farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com Butantã

Reprodução/YouTube/SP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que recebeu, na tarde desta terça-feira, o relatório do Comitê Internacional Independente do estudo da Coronavac necessário para que a agência decida se autoriza ou não a retomada dos testes da vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, de São Paulo.

O comitê é formado por especialistas de fora do Brasil cuja função é analisar dados de eficácia e segurança do estudo. A Anvisa afirmou mais cedo que apenas com o parecer do grupo é possível tomar uma decisão sobre a continuidade ou não dos testes.

Isso porque somente as informações prestadas pelo patrocinador (Butantã) e investigadores do estudo não são suficientes. De acordo com a agência, como eles são parte interessada da pesquisa, os dados apresentados podem apresentar algum viés, devendo ser ratificados por cientistas independentes.

De acordo com a Anvisa, o documento encontra-se sob análise de um grupo interno. Embora o órgão não tenha informado prazo para que seja divulgada uma decisão, a expectativa internamente é que ela saia em breve.

O jornal O Estado de S.Paulo apurou que o Instituto Butantã convocou os especialistas do comitê independente às pressas, nesta terça, para finalizar o relatório o mais rápido possível diante do impasse criado em torno dos testes da Coronavac.

Fontes do instituto informaram que o documento ratifica a informação prestada pelo Butantã de que o evento adverso não teve relação com o imunizante. Segundo a Polícia Civil, a causa provável da morte do voluntário é suicídio.

A Anvisa suspendeu a pesquisa, na noite dessa segunda, alegando não ter recebido informações suficientes para descartar a relação do evento adverso com a vacina. Já o Butantã disse que enviou os dados no dia 6 para a agência e reclamou do fato de não ter sido procurado para prestar mais esclarecimentos antes da suspensão.

R7, com AE