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Contra crise energética, governo avalia estender horário de verão

Ministro de Minas e Energia revelou que será feito avaliação de clima e hidrologia

   Contra crise energética, governo avalia estender horário de verão | Foto: Fabiano do Amaral / CP Memória
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, revelou nesta quinta-feira que o governo fará uma avaliação sobre clima e hidrologia para decidir se estenderá ou não o horário de verão por mais um mês. Em vigor desde 19 de outubro, o término do horário está previsto, inicialmente, para o dia 22, mas a situação limite da energia elétrica no país pode mudar a data em que os relógios terão de ser atrasados em 1 hora. 

Ao mesmo tempo, o reajuste nas bandeiras tarifárias que será analisado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve aumentar em quase R$ 9 a conta média das residências brasileiras já em março, caso a estiagem continue na maior parte do país. Cálculos feitos pela Agência Estado, confirmados por fontes da área, apontam que na bandeira vermelha, que vigora desde o começo do ano em todo o país, o valor médio pago pelos consumidores nas faturas médias subirá de R$ 65,20 para R$ 74,15.
Segundo fontes, a Aneel vai propor que o valor da bandeira vermelha suba dos atuais R$ 3,00 para R$ 5,50 a cada 100 quilowatt/hora (kWh) consumidos no mês, um aumento de mais de 83%. Para a bandeira amarela, a cobrança adicional deve subir de R$ 1,50 para R$ 2,50 por 100 kWh. Com a mudança, uma conta de R$ 65,20, que hoje já sobe para R$ 70,09 na bandeira vermelha, chegará a R$ 74,15 com o novo aumento. Na amarela, essa mesma conta de R$ 65,20 subiria para R$ 67,65 considerando o preço atual, mas chegará a R$ 69,27 com a alteração.
Esses valores consideram que o consumo médio do brasileiro é de 163 kWh por residência, segundo a Empresa de Pesquisa Energética, e que a tarifa média do consumidor residencial, de acordo com a Aneel, é de R$ 400 por megawatt/hora (MWh).
Além disso, o aumento do valor das bandeiras tarifárias vai impactar na mesma proporção as receitas mensais das empresas de distribuição. Em um mês de bandeira vermelha, o valor adicional pago pela população, que hoje é de R$ 800 milhões, saltará para R$ 1,4 bilhão. Por outro lado, o reajuste das bandeiras tarifárias deve aliviar parte do aumento previsto pelo governo por meio do avanço anual ordinário e da revisão extraordinária de tarifas, que poderia chegar a até 60% este ano. 
Isso porque parte dos custos aplicados nas tarifas que ficariam em vigor em definitivo serão agora cobertos pelas bandeiras que são definidas mês a mês pela agência reguladora. As bandeiras são divididas em três cores. Ao contrário da vermelha e da amarela, a de cor verde indica que a fatura de luz não terá nenhum acréscimo. 
Fonte Correio do Povo.