Continue sua caminhada
Ajeitar a gola da nossa camisa; abaixar uma mecha de cabelo; passar as mãos em nosso rosto. Gestos simples.
Tipo os versos da canção que diz que é tipo um “amor que não se pede…”. São tão preciosos, quanto silenciosos.
A solidão nos rouba momentos assim, de uma forma estranha, ela nos envolve com uma nulidade que nos anestesia; nos enche de apatia, esvaziando a vontade de fazer e de deixar que façam qualquer coisa que nos ajude a nos sentirmos melhor. Se é uma canção, ela é nostálgica, com uma letra daquelas que explicam tantos boêmios solitários; um livro que nos remete a um tempo que sabemos ser impossível de retornar. O que nos devolvem as lembranças? Mesmo as lembranças boas não são melhores que a realidade que poderemos materializar. A sensação de depressão coexiste com a humanidade desde o seu princípio.
Mas é a nossa habilidade de racionalizar que não nos permite sucumbir. Alguns vêem no pragmatismo um efeito. Mas ele não é resultante da falta de fé – absurdamente, o pragmatismo é a causa de acreditarmos na possibilidade de sucesso, entendendo que o seu percentual aumenta ou diminui de acordo com a quantidade de variáveis consideradas.
Acredite. Existe um afago te esperando lá na frente. Continue sua caminhada. Se isso não aconteceu, pode ser que esteja crescendo ainda em algum lugar para ser colhido no momento em que você precise de seu frescor e vitalidade.
Boa Quinta feira