A 2ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre determinou nesta semana que Edelvânia Wirganovicz, uma das pessoas condenadas pelo assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, passasse a usar tornozeleira eletrônica. A decisão foi concedida devido à falta de vagas no sistema prisional.
Edelvânia foi condenada em 2019 a 22 anos e 10 meses de prisão no regime fechado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Em maio de 2022, ela foi transferida para o regime semiaberto e estava cumprindo sua pena no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF).
A medida de utilizar tornozeleira eletrônica segue o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabelece que, na falta de estabelecimentos prisionais adequados ao cumprimento de penas nos regimes semiaberto e aberto, é possível a utilização de um regime menos rigoroso.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, a decisão judicial determina que Edelvânia Wirganovicz cumpra prisão domiciliar, com monitoração eletrônica, pelo prazo de 90 dias devido à escassez de vagas no estabelecimento prisional compatível com o regime semiaberto.
Vale lembrar que Edelvânia era amiga da madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini. Ela confessou o crime e indicou o local onde a criança foi enterrada. Bernardo Uglione Boldrini foi morto em abril de 2014, aos 11 anos, após receber uma overdose de sedativo.
Além de Edelvânia Wirganovicz, outros envolvidos no crime também foram condenados. Entre eles estão o irmão dela, o pai e a madrasta do menino. Todos foram condenados por homicídio em 2019. No entanto, a sentença de Leandro Boldrini, considerado o mentor do assassinato pelo Ministério Público, foi anulada pelo Tribunal de Justiça em 2021.
Em dezembro de 2021, o 1º Grupo Criminal do TJRS determinou a anulação do júri e a realização de um novo julgamento para Leandro Boldrini. Já em julho deste ano, Boldrini obteve progressão de regime e passou a cumprir sua pena no regime semiaberto, sendo também beneficiado pelo uso de tornozeleira eletrônica devido à falta de vagas no sistema prisional.
Atualmente, Leandro Boldrini reside em Santa Maria.
Fonte – Radio Planalto/
POSTADO POR: Bruno Reinehr