Mauro Cesar Barbosa Cid havia sido designado para chefiar o batalhão depois de participar de um processo de seleção para o posto
A decisão de barrar a posse ocorre após uma reunião de Paiva com Cid. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro pediu ao comandante do Exército o adiamento da nomeação. Dessa forma, ele continua apto a ocupar o posto, mas vai ter de esperar ao menos dois anos, até que termine o biênio do militar que vier a ser indicado para assumir o batalhão.
Em nota enviada à imprensa, o Exército informou que “o Tenente-Coronel Mauro Cesar Barbosa Cid encaminhou requerimento ao Gabinete do Comandante do Exército solicitando adiamento do comando, e o pedido foi deferido”.
A indicação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro para o batalhão não era bem vista pelo atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou a demitir Júlio César de Arruda do comando do Exército por se opôr a reverter a nomeação de Cid.
Após conversar com Cid, Tomás Paiva comunicou o Alto Escalão do Exército sobre a decisão. Por mais que tenha sido impedido de assumir o 1º Batalhão de Ações de Comandos no próximo mês, Cid deve ser indicado para outro posto dentro do Exército.
Cid é alvo de uma investigação em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura se o militar cometeu crime ao divulgar dados sigilosos de um inquérito da Polícia Federal sobre um suposto ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).