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Comandante do Exército barra nomeação de ex-ajudante de Bolsonaro para batalhão

Comandante do Exército barra nomeação de ex-ajudante de Bolsonaro para batalhão

Mauro Cesar Barbosa Cid havia sido designado para chefiar o batalhão depois de participar de um processo de seleção para o posto

Comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva | Foto: Reprodução / YouTube / @cmse_exercito

O comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, decidiu nesta terça-feira impedir o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de assumir o comando do 1º Batalhão de Ações de Comandos, um batalhão de operações especiais do Exército em Goiás. Cid previa tomar posse no cargo em fevereiro. Ele havia sido designado para chefiar o batalhão depois de participar de um processo de seleção para o posto.

A decisão de barrar a posse ocorre após uma reunião de Paiva com Cid. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro pediu ao comandante do Exército o adiamento da nomeação. Dessa forma, ele continua apto a ocupar o posto, mas vai ter de esperar ao menos dois anos, até que termine o biênio do militar que vier a ser indicado para assumir o batalhão.

Em nota enviada à imprensa, o Exército informou que “o Tenente-Coronel Mauro Cesar Barbosa Cid encaminhou requerimento ao Gabinete do Comandante do Exército solicitando adiamento do comando, e o pedido foi deferido”.

A indicação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro para o batalhão não era bem vista pelo atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou a demitir Júlio César de Arruda do comando do Exército por se opôr a reverter a nomeação de Cid.

Após conversar com Cid, Tomás Paiva comunicou o Alto Escalão do Exército sobre a decisão. Por mais que tenha sido impedido de assumir o 1º Batalhão de Ações de Comandos no próximo mês, Cid deve ser indicado para outro posto dentro do Exército.

Cid é alvo de uma investigação em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura se o militar cometeu crime ao divulgar dados sigilosos de um inquérito da Polícia Federal sobre um suposto ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

FONTE R7