Chefe do Ministério Público defendeu “harmonia” e cada um no seu “espaço constitucional”
O procurador-geral da República, Augusto Aras, tomou posse na tarde desta quinta-feira para o segundo mandato à frente do Ministério Público Federal (MPF). Ele foi reconduzido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que participou da cerimônia de posse, realizada por videoconferência. O chefe do Executivo cumpre quarentena em razão de ter tido contato com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, diagnosticado com Covid-19.
Em sua fala, durante o evento, Aras defendeu a harmonia entre as instituições, e disse que todas devem atuar com base na Constituição. “Venho perante vossas excelência renovar meu compromisso inarredável, inabalável com todos os valores que integram a Constituição Federal. Com o entendimento de que todas as instituições do Estado e da sociedade, com a independência que lhes garante a lei maior, também devem viver em harmonia para que cada um esteja ocupando seu espaço constitucional nos termos estabelecidos pelos representantes do povo em eleições periódicas”, disse.
Por fim, em uma indireta aos integrantes da Lava-Jato, sem citar nomes, ele disse que o MPF tem realizado ações “sem escândalos”. “Apresentamos, só do gabinete do PGR 42 mil ações em dois anos. Na esfera criminal, oferecemos 46 novas denúncias. Senhor presidente, e demais autoridades, foram duas grandes operações em todo o Brasil durante dois anos, sem estrépito, sem escândalo. O respeito aos direitos e garantias fundamentais”, completou.