Exercícios militares no entorno da ilha devem durar até domingo, segundo televisão estatal chinesa
De acordo com informações da televisão estatal chinesa, as atividades promovidas pelo ‘Exército de Libertação Popular da China’ incluem disparos com munição real nas águas, e no espaço aéreo, em seis áreas ao redor de Taiwan. Ainda segundo a reportagem, as ações militares devem durar, no mínimo, até este domingo.
Em resposta, John Kirby , porta-voz da Casa Branca, declarou que a China utilizou a visita da congressista como pretexto para aumentar atividades militares na região.
O representante de Washington também afirmou que o país asiático ‘optou por reagir exageradamente’ à passagem de Pelosi na ilha, que nunca teve a soberania reconhecida pela China.
Em relação à agenda da parlamentar – autoridade norte-americana de maior escalão a pousar em Taiwan desde 1997 -, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China classificou a visita como ‘violação severa do princípio de Uma Só China’.
Na última quarta-feira, após a convocação do embaixador norte-americano em Pequim, o vice-ministro de Relações Exteriores chinês, Xie Feng, declarou que os EUA ‘pagarão o preço de seus próprios erros’.
Conflito entre China e Taiwan
A Revolução Comunista, em 1949, que levou Mao Tsé-Tung ao comando da China, causou a fuga de dissidentes que se refugiaram na região de ilha Formosa.
Liderados pelo general Chiang Kai-shek, os refugiados escolheram a cidade de Taipei, como centro político e administrativo da península que, mais tarde, se converteu em uma democracia semipresidencialista que vigora até hoje.
O estado insular, que contabiliza 24 milhões de habitantes, nunca teve a soberania reconhecida pela China. Mesmo sem o controle territorial da ilha, o país considera que Taiwan é uma das províncias históricas chinesas e reivindica a posse sobre a área.