Foto: JOHN THYS / AFP
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Em sua opinião, “não há ameaça militar iminente” à Otan porque a aliança “foi transformada para nos manter seguros”.
Em 2023, esses 2% passaram a ser vistos como uma meta mínima e não máxima. “Posso lhe dizer que precisaremos de muito mais do que 2%”, disse Rutte.Independentemente do resultado da guerra na Ucrânia, “não estaremos seguros no futuro, a menos que estejamos preparados para enfrentar o perigo. Nós podemos fazer isso. Podemos evitar a próxima grande guerra no território da Otan”, afirmou.
Para ele, a Rússia “está se preparando para um confronto de longo prazo. Com a Ucrânia. E conosco. O que está acontecendo na Ucrânia também pode acontecer aqui”, no território da Otan.
Referindo-se à guerra em curso na Ucrânia, Rutte disse que os combates estão deixando cerca de 10 mil pessoas mortas por semana, e que o número total de vítimas desde fevereiro de 2022 já seria “mais de um milhão”.
Além da ameaça representada pela Rússia, Rutte mencionou que a China “está aumentando substancialmente suas forças, incluindo suas armas nucleares”.
“De 200 ogivas em 2020, espera-se que a China tenha mais de 1.000 ogivas nucleares até 2030”, disse ele.
Em sua opinião, a capacidade de dissuasão da Otan “é boa, por enquanto. Mas é o amanhã que me preocupa”. A indústria de Defesa da Europa, segundo ele, foi esvaziada por décadas de subinvestimento e interesses industriais nacionais limitados.
Enquanto isso, as fábricas de armas russas estão produzindo equipamentos de guerra em tempo integral.
Estadão Conteúdo/Correio do Povo