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Chapecó – Treinamentos fazem parte da rotina do Canil do 2º BPM

Cães dão suporte para as guarnições da PM em ocorrências, principalmente de busca por entorpecentes, por foragidos e também no controle de distúrbios

Foto: Bia Piva

Eles são considerados os melhores amigos do homem e também podem ser decisivos para o sucesso de algumas ocorrências atendidas pela Polícia Militar de Chapecó, e ainda em operações em apoio a outras instituições. Seja na busca e localização de entorpecentes, seja na busca por foragidos na mata ou ainda com sua imponência na manutenção da ordem, os cães ganham cada vez mais a confiança da comunidade e dos policiais.

>>Fotos treinamento canil 2ºBPM<<

Atualmente, o Canil do 2º Batalhão de Polícia Militar de Chapecó conta com oito animais das raças Pastor Alemão e Pastor Mallinois, que atuam em ocorrências de busca por entorpecentes, em operações nas matas em busca de foragidos e também em ocorrências de controle de distúrbio, como jogos de futebol e no acompanhamento de manifestações. Os cães Max, Nero e Chacal são os mais velhos e que estão mais treinados e atuando nas ocorrências policiais. Os outros são mais jovens e estão em fase de treinamento.

De acordo com o Sargento Ricardo Bassi, os treinamentos ocorrem com frequência, principalmente entre o cão e seu condutor – um Policial Militar com o curso de cinotécnico – para aprimoramento das técnicas e também para criar vínculo entre os dois, já que os treinamentos são realizados com base no reforço positivo, que é a brincadeira e o carinho dos policiais quando o animal atinge um objetivo. “Cada cão tem uma atividade que ele se destaca mais. Hoje temos o Max que tem mais desenvoltura na busca por entorpecentes, o Nero que também faz buscas por entorpecentes e na questão de busca e captura de foragidos e o Chacal que é treinado para busca e captura”, explica.

Bassi reforça que todo o treinamento e aperfeiçoamento das técnicas é sempre para oferecer o maior suporte às guarnições que estão na rua e dão início as ocorrências. “O Canil sempre dá apoio para as guarnições que já estão empenhadas nas ocorrências, que iniciaram o trabalho de verificação. Nosso trabalho é direcionado para auxiliar eles”, diz.

Treinamento

Bassi explica que o treinamento é realizado com base no reforço positivo para os cães e que em momento nenhum eles tem acesso aos entorpecentes. “Treinamos eles para reconhecer os cheiros dos entorpecentes, e é por eles que as buscas são feitas”, diz. Bassi conta que em locais de difícil acesso, como matagais e locais com muito lixo, o cão é fundamental para ajudar na apreensão das drogas. O treinamento de busca a foragidos é com base no reconhecimento de cheiros e rastros deixados no local da fuga. Tudo sempre tratado como uma brincadeira, para estimular o interesse do cão na ação.

Mais de 34kg de droga apreendidos

 

Só nos primeiros três meses de 2017, o Canil atuou em 20 ocorrências onde foram localizados entorpecentes. Com o trabalho dos cães foram localizados 18 pés de maconha, mais de 34 kg de maconha, 306 pedras de crack e 10 gramas de cocaína. Bassi conta que o cão Max também possui treinamento para localizar armas de fogo, e que em uma das ocorrências com a participação do Canil, Max encontrou um revólver abandonado em um matagal. “Depois que uma arma é utilizada, ficam vestígios da pólvora na arma. E foi assim que o Max encontrou o revólver, pelo cheiro residual”, diz.

Novos cães policiais em preparação

Além dos treinamentos com os cães que já estão em atividade, o Canil da PM trabalha na preparação dos outros cinco cachorros que poderão atuar com as guarnições. Entre eles está o Pastor Alemão Zeus, de cinco meses. Por enquanto, o treinamento dele se baseia em brincadeiras e estímulos, para identificar a personalidade dele e treinar os primeiros comandos. Bassi explica que o ideal é que os cães sejam brincalhões, ativos e não tenham medo. “A gente tenta acostumar eles a todos os tipos de situações, com movimento de pessoas, barulhos altos, treinando a concentração para que eles não percam o foco”. Depois da brincadeira, a recompensa é o carinho dos treinadores e brinquedos.

 

O sargento Deoclécio de Medeiros, que trabalha no Canil desde o início das atividades (em setembro de 2005), e conta que muito se evoluiu desde aquela época. “Tanto em treinamentos para os condutores e cães quanto em condições de trabalho. No começo tínhamos que provar a eficácia do trabalho com os cães, hoje a ajuda que eles nos dão é unanimidade entre os policiais”, diz.

Droga no tanque de gasolina

Bassi lembra da participação do Canil em uma ocorrência no dia 25 de março, quando foram apreendidos mais de 30 kg de maconha no tanque de gasolina de um carro, abordado pelo Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) no acesso a Chapecó, quando foi abordado um Ford Versailles com placas do Paraná que, segundo informações, estaria transportando drogas. Em uma primeira verificação nada foi encontrado, mas diante do nervosismo dos ocupantes, o Canil foi acionado e o cão indicou algo na região do porta-malas e tanque de combustível do carro, onde as drogas foram encontradas.

Foto: Bia Piva

Fonte Diario do Iguaçu