Edelvânia Wirganovicz, uma das pessoas condenadas pela morte do menino Bernardo Uglione Boldrini e que ganhou na sexta-feira (6) o direito a progredir de regime, quer voltar a viver em Frederico Westphalen, no noroeste do Estado.
Foi na área rural do município que o corpo do menino foi encontrado em abril de 2014. A defesa de Edelvânia pediu que ela passe a cumprir pena na cidade e que receba tornozeleira eletrônica para poder ficar em casa.
— Ela corre risco se ficar em um estabelecimento de regime semiaberto convencional. Ela pediu para ir para Frederico Westphalen, acredito que possa recomeçar a vida lá — disse o advogado Jean Severo a GZH.
Se Edelvânia comprovar ter trabalho externo, poderá ser autorizada pela Justiça a sair para cumprir a jornada. Segundo Severo, ela ainda não tem trabalho externo.
Edelvânia foi condenada a 22 anos e 10 meses de prisão em regime fechado. Ela está presa desde 15 de abril de 2014, depois de ter confessado participação no crime com a amiga Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo.
Para o Ministério Público, Edelvânia deu apoio moral e material à Graciele no plano para matar e esconder o corpo de Bernardo. Ela foi condenada por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Além da progressão de regime e do direito de trabalhar fora, o juiz Geraldo Anastácio Brandeburski Júnior, da 2ª Vara de Execuções Criminais da Comarca de Porto Alegre, também concedeu a ela o direito à saída temporária. O benefício da saída temporária pode ocorrer em cinco ocasiões anuais, por, no máximo, sete dias cada.
O caso
Bernardo Uglione Boldrini foi morto aos 11 anos, em abril de 2014, na cidade de Três Passos. Dado como desaparecido, o corpo do menino foi encontrado 10 dias depois, dentro de um saco enterrado às margens do Rio Mico, em Frederico Westphalen. O pai, a madrasta e mais duas pessoas acabaram condenados pela morte da criança, em março de 2019, em um crime que marcou o Rio Grande do Sul.
GZH