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Carazinho – Polícia investiga sumiço de valores pagos como fiança(2013 a 2016)

Um montante significativo pago por pessoas presas não foi depositado nas contas específicas, conforme a delegada responsável por investigar a situação

A Delegacia de Polícia (DP) de Ibirubá investiga o sumiço de valores pagos como fiança por pessoas presas entre os anos de 2013 a 2016 em Carazinho. De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Diná Rosa Aroldi, durante os quatro anos um montante significativo que teria sido recebido pela Polícia Civil carazinhense como pagamento de fianças não foi depositado em contas específicas destinadas para este fim.

“Os valores estão um pouco defasados, porque na realidade estamos verificando fatos que aconteceram de 2013 até a 2016. Então, agora precisamos atualizar os valores, mas é um montante bem considerado de dinheiro que não foi depositado nas contas judiciais quando houve o pagamento de fianças”, relata Diná.

A titular da DP de Ibirubá também citou que a quantidade de pagamentos que não tem o seu destino conhecido está sendo apurada pelas investigações.

De acordo com o Promotor Juliano Griza, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Carazinho, o início das investigações envolvendo o pagamento de fianças na DP carazinhense iniciou após o Ministério Público (MP) e o Poder Judiciário notarem a falta de documentos nos processos que eram encaminhados à Justiça.

Toda vez que uma fiança é arbitrada é necessário confeccionar um Termo de Fiança e anexar ao documento a Guia de Depósito, um comprovante de que o valor pago pela pessoa presa foi efetivamente depositado.

“No entanto, começamos a perceber que reiterados processos estavam chegando até nós sem a Guia de Depósito, o que nos levou a pedir esclarecimentos sobre o ocorrido”, explica o promotor.

Após o encaminhamento do pedido de apuração dos fatos, o Departamento de Polícia do Interior (DPI) delegou para a DP de Ibirubá a investigação sobre as circunstâncias. “Após a determinação da DPI estamos fazendo as diligências e, em conjunto com o Poder Judiciário e a Receita Estadual, estamos realizando os levantamentos para verificar toda essa situação”, detalha Diná Rosa Aroldi.

Após concluída a investigação, o inquérito será remetido ao Judiciário que irá avaliar as provas e abrir um processo judicial ou arquivar o processo.

Diario da Manhã Carazinho

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