Candidatos ao governo do RS mantêm tom incisivo em debate na Record TV

Rogério machado

2 anos atrás

Postulantes ao governo gaúcho debateram pela segunda vez nesta terça-feira

Foto: Marcel Horowitz

Rivais na disputa pelo Piratini, Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB), protagonizaram um segundo embate, nesta terça-feira, desta vez nos estúdios da **Record TV RS**, no Morro Santa Teresa, na zona Sul da Capital.

O debate, mediado pela jornalista Simone Santos, transcorreu no mesmo tom incisivo do anterior, promovido no início da tarde pela **Rádio Guaíba** e o **Correio do Povo**, no Teatro da Amrigs. Novamente, os candidatos acusaram-se mutuamente de mentir sobre as propostas ao governo gaúcho.

Já no primeiro bloco da transmissão, o tucano acusou o adversário de ter “renunciado à saúde” ao não tomar a vacina contra a Covid-19.

“Não tenho porque tomar a vacina, isso está no campo das decisões individuais”, rebateu Onyx, que alegou ter tido o aval de um médico para a decisão e, em seguida acusou o ex-governador de ter prejudicado a economia do Estado com o que chamou de “política do fecha tudo”.

“Fui um governador que ouviu a ciência. Protegemos as pessoas, conciliando com a atividade econômica”, respondeu Leite.

No que se refere ao futuro do Banrisul, o tucano garantiu que não pretende avançar com projetos de privatização e afirmou que o postulante do PL quer mexer nas reservas do banco.

Já Onyx acusou Leite de ter “planejado” para vender o Banrisul a preço de banana. “O senhor encheu o banco de políticos, comigo não vai ter um político dentro do Banrisul”, acusou, ao que Leite retrucou declararam que aliados de Bolsonaro aparelharam o Hospital Conceição.

Em dado momento, Onyx citou uma entrevista em que Leite, supostamente, defendia a legalização das drogas. O tucano negou ter feito declarações nesse sentido e disse que defende “um debate responsável sobre o uso medicinal do canabidiol”.

Por diversas vezes, o postulante do PSDB disse que o nome do rival apareceu na “lista da Lava-Jato”, por ter praticado Caixa 2 e a prisão dele só não ocorreu em função de um acordo com o Ministério Público Federal, envolvendo pagamento em dinheiro. Onyx disse que já reconheceu o erro, sobre a citação a respeito do acordo, pediu direito de resposta, negado pela produção.

“Eu tive a humildade, que o senhor não tem, de pedir desculpas”, alegou o representante do PL, que na sequência acusou o adversário de desviar R$ 11 milhões da educação através de “pedaladas fiscais” com recursos do Fundeb. O ex-governador negou a prática.