A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), filiada a Confederação Nacional do Transporte (CNT), no entanto, não confirma a paralisação e não apoia o movimento em prol do impeachment da presidente. Segundo o presidente da Abcam e vice-presidente da CNT, José da Fonseca Lopes, a mobilização que está sendo feita não é dos caminhoneiros. “Nós entendemos que o caminhoneiro está passando por grandes dificuldades, mas o impeachment não é o nosso segmento”, afirmou. “As pessoas que estão fazendo isso não são caminhoneiros. Eles estão tentando aliciar os profissionais”.
Lopes salientou ainda que os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul podem realizar mobilizações, por serem mais atuantes, mas que todos os profissionais estão sendo orientados a permanecerem em casa, sem bloquear rodovias. “Quem é a favor do impeachment que deixe o caminhão em casa e vá até a mobilização, mas o trabalho que nós estamos fazendo é para que a greve não aconteça”, argumentou.
Por melhores condições de trabalho
O caminhoneiro autônomo Vinícius Pereira Garcia, de Camaquã, está paralisado, apesar de não concordar com todas as reivindicações do Comando. Ele aguarda novas orientações para essa segunda-feira. “Alguns já estão parando, mas a ideia não é de bloquear rodovias e sim permanecer em casa. Eu sou contra o impeachment, mas quero melhores condições para trabalhar”.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que estava ajustando procedimentos para a segurança nas rodovias federais gaúchas, mas que ainda aguardava a confirmação da paralisação. A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fenaprf) divulgou nota em que recomenda a atuação dos policiais caso a greve prevista se confirme na segunda-feira.