Cadeia Pública de Porto Alegre é desocupada para última fase das obras
Rogério machado
Cadeia Pública de Porto Alegre é desocupada para última fase das obras
Com a desocupação dos três últimos pavilhões antigos da unidade, A, B e F, a empresa contratada realizou a execução da demolição das galerias
Começou nesta quarta-feira a demolição dos pavilhões A e B, os últimos que restavam na Cadeia Pública de Porto Alegre. O estabelecimento foi totalmente esvaziado para a etapa final das das obras. A reestruturação do antigo Presídio Central foi iniciada em julho do ano passado e conta com investimento total de R$ 116,7 milhões. A construção deve ser finalizada no segundo semestre de 2024.
O governador Eduardo Leite destacou que, assim como na recém inaugurada penitenciária de Charqueadas, as celas da Cadeia Pública não vão ter tomadas. A medida impede o uso de celular e dificulta a entrega de objetos ilícitos feita por drones.
“A nova estrutura possibilitará mais dignidade para os servidores e para as pessoas em cumprimento de pena, além de promover o reforço na fiscalização e o enfraquecimento das organizações criminosas”, destacou.
Ainda segundo Leite, a parte externa da cadeia terá torres de controle e serviços que abrangem reservatórios, casa de bombas, central de gás, e um gerador de água quente e de energia. O setor interno terá área construída de cerca de 14 mil metros quadrados, com nove módulos de vivência, onde ficarão as celas e os locais para atividades do cotidiano das pessoas presas.
O governador destacou que a construção da Penitenciária de Charqueadas II permitiu deslocar os detentos que estavam na Cadeia Pública de Porto Alegre.
“Presídio Central já está totalmente desocupado.
Vamos ter a demolição dos blocos ainda remanescentes, onde ainda tínhamos apenados. A partir dessa nova estrutura o Estado passa efetivamente cumprir o seu dever de restringir a liberdade, de privar da liberdade sem permitir a atuação dentro dos presídios do crime e ter a melhor oportunidade de promover a ressocialização, reeducar esses presos para que possam voltar ao convívio social”, destacou Leite.O superintendente dos Serviços Penitenciários, Mateus Schwartz, destacou que os últimos 586 detentos da casa prisional foram retirados na segunda-feira. Os presos foram transferidos para a Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) e Penitenciária Estadual de Charqueadas 2 (PEC 2), inaugurada no dia 27 de novembro.
“A desocupação da Cadeia Pública de Porto Alegre é mais um marco no sistema. Uma operação complexa como essa ocorreu sem problemas, graças a um planejamento minucioso, à qualificação dos nossos grupos táticos e à integração com as outras forças de segurança”, declarou Schwartz.