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Brigada Militar esta de aniversário 178 anos – por Ricardo Chaves

No dia 18 de novembro de 1837, em plena Revolução Farroupilha, foi criada a Brigada Militar (BM). Durante sua história, a BM enviou tropas para a Guerra do Paraguai, esteve na Revolução Federalista de 1893, e na Revolução de 1923, que dividiu o Rio Grande entre maragatos e chimangos. Foi o coronel Afonso Emílio Massot quem organizou a instituição, criando a Academia de Polícia Militar, o Hospital da Brigada Militar e o embrião do Batalhão de Aviação, tornando-se o patrono da BM.
Visita do presidente marechal Hermes da Fonseca ao quartel do 3º BPM, em 1910
Em 1930, brigadianos acompanharam Getúlio Vargas até sua chegada ao poder, quando amarraram os seus cavalos no obelisco do Rio de Janeiro. É importante destacar que Getúlio esteve fardado de brigadiano durante toda a revolução.
No ano de 1955, surgiu o policiamento em duplas (foto abaixo), os chamados Pedro e Paulo, e os Abas Largas, inspirados na polícia montada do Canadá. Durante o Movimento da Legalidade, em 1961, a Brigada Militar foi o suporte armado que ajudou na sustentação da campanha liderada pelo governador Leonel Brizola.
Durante a década de 1960, a BM assumiu plenamente o policiamento ostensivo quando foram criadas as Patrulhas Rádio Motorizadas. Com efetivo em todo o Estado, a BM completa os 174 anos atuando em muitas áreas: das Patrulhas Ambientais ao Corpo de Bombeiros.
Confira mais imagens históricas da Brigada Militar:
Os Corpos Provisórios (abaixo) foram tropas convocadas durante as revoluções de 1893 e 1923 para apoiar a Brigada Militar. Os convocados recebiam treinamento e eram comandados pelos oficiais da Brigada Militar.
Avião da BM usado em 1923:
Colaborou Major Paulo Franquilin
Cesar Jose Tomazzini Liscano diz:18 de novembro de 2011
MISSÃO BRIGADIANA
O peso da farda
Cai-me sobre os ombros,
percorro as avenidas
vasculhando escombros.
Cumprindo o juramento
desta causa que abraço,
na intempérie do tempo
sem medo e sem cansaço.
Sou olhos e ouvidos
que a tudo percebem,
na vigília das casas
enquanto adormecem.
E nas madrugadas
Em que o frio castiga
zelo por outros sonos
sem dar trégua à fadiga
Sou o braço que se abre
para arriscada travessia
E no perigo de morte
sou a mão que auxilia
Quando no leito da via
uma vida se escorre
Sou o ente mais próximo,
o amigo que socorre.
Sou quem sai ao encalço
Daquele delinqüente
Que a sociedade oprime
e maltrata inclemente
Sou a voz que soa alto
ordenando uma prisão
E a mesma que aconselha
como uma velha oração
Sou a mão que faz o parto
trazendo vidas ao mundo
A que empunha a arma
na decisão de um segundo.
O zelo pela ordem
é minha faina cotidiana
neste oficio tão nobre
desta missão brigadiana
Sou filho, sou pai sou mãe
de todos que estão na rua
no risco da própria vida
até em defesa da sua.
Deus, abençoe o que faço
e quando o turno findar
que eu chegue pra o abraço
de quem está a me esperar.