Fenômeno climático responsável pelo aquecimento das águas do Pacífico costuma provocar seca e calor forte no Brasil
A Administração Nacional de Atmosferas e Oceanos (NOAA, na sigla em inglês) anunciou, nesta quinta-feira, a formação do fenômeno climático El Niño. O alerta, porém, sustenta que ele deve ser levemente diferente dos anteriores.
Durante o inverno, o El Niño deve ser sentido mais fortemente nos países do Hemisfério Sul. Entre os mais atingidos, Brasil, Colômbia e Venezuela, com previsão de secas intensas, assim como a Índia e a Indonésia.
“Se este El Niño alcançar a categoria dos mais fortes será a recorrência mais curta do registro histórico”, afirmou Kim Cobb, cientista climática da Universidade de Brown, nos Estados Unidos (EUA).
O cenário preocupa meteorologistas, já que o intervalo reduzido entre dois El Niños especialmente fortes deixa as comunidades com menos tempo hábil para se recuperarem de danos a infraestrutura, agricultura e ecossistemas provocados pelo fenômeno.
A NOAA salienta ser provável que o El Niño produza condições climáticas extremas no fim deste ano, desde ciclones tropicais girando em direção a ilhas vulneráveis do Pacífico até chuvas fortes, calor e seca na América do Sul e Austrália.