“Recebi deputada eleita democraticamente”, diz o presidente após foto com Beatrix von Storch, neta de um ex-ministro das Finanças da Alemanha nazista
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou a apoiadores nesta quinta-feira (29) sobre o encontro que teve com Beatrix von Storch, deputada alemã da extrema-direita e neta de um ex-ministro das Finanças da Alemanha nazista. O titular do Executivo defendeu a reunião e a comparou com o episódio em que se reuniu com Luis Miranda (DEM-DF).
“Semana passada tinha um deputado chileno e uma deputada alemã visitando a Presidência. Poxa, tratei, conversei, bati um papo. Vai que a deputada alemã é neta de um ex-ministro do Hitler. Pô, me arrebentaram na imprensa. Acho que a gente não pode ligar um pai a um filho, muitas vezes, um fez uma coisa errada e ligar a outra”, afirmou.
As declarações foram dadas por Bolsonaro a apoiadores no Palácio do Alvorada e transmitidas por um canal no Youtube. O titular do Executivo comparou, ainda, o encontro com a parlamentar alemã ao momento em que recebeu o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que o alertou sobre as irregularidades no contrato da Covaxin, vacina contra a Covid-19 produzida pela Índia.
“Igual eu recebi aqui o deputado Luis Miranda aqui, não vou falar nada sobre ele. Deixa ele. Está sendo investigado pela PF, pelo Conselho de Ética da Câmara também”, disse.
Encontro
“Em uma conversa de uma hora, pude discutir a situação de nossas duas nações com o presidente. Fiquei profundamente impressionada com a compreensão que o presidente tem dos problemas da Europa e dos desafios políticos de nosso tempo”, disse.
“Embora tivesse acabado de terminar mais uma internação hospitalar em decorrência do assassinato, ele parecia controlado, determinado e cheio de confiança. Em contraste com o que a grande mídia retratou, ele é humilde, bem-humorado e amigável nas relações pessoais. O Presidente é, sem dúvida, um homem de convicções profundas, de fé cristã e de profundo amor pela pátria”, acrescentou.
Beatrix comentou ainda que, para ser capaz de combater com sucesso a esquerda, “os conservadores também devem se relacionar melhor internacionalmente”. “O Brasil é uma potência emergente e, ao lado dos EUA e da Rússia, pode ser um parceiro estratégico global da Alemanha com quem podemos construir o futuro juntos”, acredita.
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